A coluna 'O Nó da Gravata' é escrita pela repórter de política, Maria Nascimento. Os textos são publicados todas as sextas-feiras na edição impressa do TEMPO NOVO e também em nosso portal online.
Nas redes sociais, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) está investindo com força para lembrar seus seguidores que ele é médico. Vidigal, político há mais de 30 anos, vem tentando remodelar sua imagem para driblar o cansaço da população com os velhos caciques – que sofreram nas urnas em 2018 (basta lembrar de Lelo Coimbra, Marcus Vicente e Magno Malta). É uma chuva de fotos e vídeos atendendo a população na condição de psiquiatra, vestindo o tradicional jaleco branco. Ele está atuando em um consultório na região de Jacaraípe, local onde o ex-prefeito começou sua trajetória na Serra.
Quem está a mil na pré-campanha é o coronel Nylton Rodrigues, confirmado na disputa majoritária de Vitória. Nylton não economiza nas críticas contra a atual gestão de Luciano Rezende e foca nas novidades que o partido Novo apresenta, como a proibição de dinheiro público nas campanhas. O ritmo está acelerado, lembra até o seu aliado (ou ex-aliado?) Audifax Barcelos, que é reconhecido pela disposição de ir para a rua. É consenso na Serra que se o coronel tivesse ficado com Audifax, seria ele ‘o cara’ da sucessão.
Na Serra, quem está gastando sola de sapato é o deputado Vandinho Leite (PSDB). Nesse recesso, o parlamentar planejou caminhada nos bairros todos os dias de semana. Ele leva informações a respeito de sua atividade contra “os abusos” da EDP e da Cesan e faz uma espécie de prestação de contas. Recentemente, Vandinho foi um dos poucos deputados que criticaram o aumento da passagem do Transcol, anunciada recentemente.
Nessa semana, o PSL, por meio do presidente estadual da sigla, Carlos Manato, confirmou que o partido não vai lançar um candidato a prefeito na Serra. De acordo com ele, a aliança entre PSL, PSDB e Republicanos (antigo PRB) está muito bem encaminhada e deve dar a tônica desse polo político, que ainda pode englobar as cidades de Vila Velha, Cariacica e Vitória. Por lá, o PSL tem nomes para apresentar. São eles: deputado Danilo Bahiense, subtenente Assis e deputado Capitão Assumção, respectivamente. Manato disse, também, que vai se afastar da presidência do partido para “ajudar Bolsonaro a eleger aliados e se preparar para 2022”.
Perguntado sobre a articulação em torno do Aliança Pelo Brasil aqui no Espírito Santo, o ex-deputado disse que “tem vários grupos” se movimentando para fazer a coleta de assinaturas (são necessárias 500 mil delas). Nos bastidores, sabe-se que o grupo bolsonarista no ES rachou e Manato vem perdendo protagonismo na articulação em torno do novo partido do presidente. Inclusive, esse pode ter sido um dos fatores que levou o PSL a declinar de uma candidatura na Serra, já que desmobilizou o partido e obrigou a focar em cidades com mais ‘facilidade’ de se inserir.
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