Pré-candidato do PT celebra operação contra Bolsonaro e promete “limpar” a Serra da “corja fascista”

A Polícia Federal realizou buscas nesta quarta-feira (3) na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Durante a operação, também foi preso o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Apesar de não ter sido alvo de mandado de prisão, Jair Bolsonaro deve prestar depoimento ainda hoje na Polícia Federal em Brasília. A defesa do ex-presidente solicitou o adiamento desse depoimento.

Policiais prenderam seis suspeitos ao todo e apreenderam celulares de Jair Bolsonaro e Michelle, segundo apurou a GloboNews. Há ainda 16 mandados de busca; suspeita é de que grupo tenha agido para fraudar cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e ajudantes.

A ação policial foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das “milícias digitais” que tramita no Supremo Tribunal Federal. Agentes da Polícia Federal chegaram ao condomínio onde Bolsonaro reside nas primeiras horas da manhã. Até o momento, não foram divulgados mais detalhes sobre a operação, mas por volta das 9h20, não havia mais carros da Polícia Federal em frente à casa do ex-presidente.

O pré-candidato a prefeito da Serra Ronaldo Cassundé, do Partido dos Trabalhadores (PT), se posicionou nesta quarta-feira (3) diante da operação da Polícia Federal. Ele caracterizou Bolsonaro como chefe de “uma organização fascista responsável pelo genocídio de cidadãos brasileiros durante a pandemia de COVID-19”.

Sobre a suspeita de fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e ajudantes, Cassundé classificou o ato como o “cúmulo do mau-caratismo e da falta de respeito com a vida”, afirmando que a luta contra “o fascismo é urgente e necessária”.

O pré-candidato também defendeu a unidade da base do governo Lula nas eleições de 2024 para “varrer a corja fascista das prefeituras brasileiras”. Segundo ele, é preciso lutar por uma cidade “da Serra humanizada, inovadora e sustentável, rejeitando o retrocesso e a opressão”. Até o momento nenhum outro pré-candidato a prefeito da Serra (oficial ou extra-oficial) se posicionou a respeito do tema.