Enquanto os motoristas sofrem com os constantes alagamentos em trechos da BR-101 na Serra, a Prefeitura e a Eco101 divergem sobre a responsabilidade pelos transtornos. Após a concessionária que administra a rodovia acusar o Município pelos grandes acúmulos de água, que segundo ela, acontecem devido o sistema de macrodrenagem da região e bairros adjacentes – que não suportam ocorrências de grandes volumes de chuva – a gestão de Audifax Barcelos (Rede) se defendeu e disse que as afirmações da empresa são inverdades.
Conforme noticiado pelo TEMPO NOVO, o principal trecho onde os alagamentos ocorrem fica entre os bairros Laranjeiras Velha e José de Anchieta. Na última quarta-feira (9), por exemplo, motoristas ficaram presos no trânsito devido ao grande acúmulo de água que se formou em frente aos bairros. A reportagem esteve no local e acompanhou de perto a situação. As pistas centrais e laterais ficaram totalmente cobertas por água e somente caminhões conseguiam passar pela rodovia durante horas.
Após a publicação de matéria com o posicionamento da Eco101 sobre o problema, a Prefeitura da Serra decidiu se pronunciar e enviou uma nota para o jornal. No texto recebido, o Município afirma que, ao contrário do que vem sendo dito pela concessionária, os sistemas de drenagem e macrodrenagem dos bairros, que são responsabilidade da prefeitura e recebem os investimentos necessários, não têm ligação com os sistemas da BR 101, de responsabilidade da concessionária.
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Mais cedo, a Eco101 havia afirmado que o Município é o culpado pelos alagamentos, já que diz o sistema de macrodrenagem da região e bairros adjacentes, localizados fora da área de concessão e sendo de responsabilidade da Prefeitura da Serra, não suportam ocorrências de grandes volumes de chuva. A empresa ainda afirma ser a responsável pelo trecho enquanto as obras do Contorno do Mestre Álvaro – por onde a rodovia irá passar – não são finalizadas.
“Esclarecemos que, de acordo com o Contrato de Concessão, o trecho urbano de Serra, dentro dos limites da rodovia, é administrado pela Concessionária até que o Contorno do Mestre Álvaro seja finalizado”, afirma o texto. Ainda segundo o posicionamento da concessionária, o Contrato de Concessão a obriga que faça apenas serviços de manutenção, conservação, socorro médico e mecânico, bem como manutenções periódicas em todo o sistema de drenagem da rodovia.