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Prefeitura quer assumir BR em 2022 e serrano vai pagar obra que Eco 101 não fez

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Com o Contorno do Mestre Álvaro saindo, o trecho urbano da BR 101 na Serra será municipalizado. E a prefeitura deve fazer isso já em 2022, conta o secretário municipal de Obras, Halpher Luigi, no terceiro bloco da entrevista concedida ao Tempo Novo em 26 de maio. Veja o primeiro e o segundo bloco da entrevista nos respectivos links. Halpher, que já foi diretor do DER e do DNIT/ES, revela que a Prefeitura deve construir o trevo de Cidade Pomar, obra que a Eco 101, concessionária que assumiu a rodovia em 2013, segue sem fazer.

Recentemente o prefeito Vidigal se reuniu com representantes da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para discutir a municipalização da orla da Serra. Isso sai neste mandato?

Estamos olhando com bons olhos isto aí, por dois motivos básicos: o novo PDM (Plano Diretor Municipal) está vindo e a tendência é que estimule a valorização imobiliária no litoral, com o olhar voltado para as praias. Há grande potencial a ser explorado de qualidade de vida aqui no município e a gestão federal é muito distante. Longe dos acontecimentos. Imagine você ter que mandar um ofício para a União, passamos por isso recentemente com uma intervenção que vamos fazer na orla Bicanga. O ofício vai para a superintendência do Espírito Santo, depois para a diretoria do SPU lá em Brasília, enfrentar fila de não sei quantas autorizações que eles têm que fazer. Ou seja, quando você coloca isso municipalizado fica muito mais próximo e as soluções mais fáceis. Isso é o ponto um.

Ponto dois: é você potencializar o turismo e a qualidade de vida que as praias da Serra têm. E a gestão municipal pode construir um modelo mais adequado de exploração daquela área, incluindo locais de preservação ambiental, calçamento, ciclovias, áreas de ginástica.

Quando isso foi proposto há alguns anos, vários município do ES toparam. Vitória topou, Vila Velha também. E por algum motivo que desconheço, a Serra não. Agora a prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e apoiada pela secretaria de Obras, pretende assumir definitivamente a gestão das praias.

Orla da região de Manguinhos Foto: Arquivo/ Wagner Correa

Tem estimativa de quando isso vai ocorrer?

A expectativa é que a gente conclua o processo de municipalização agora em junho, no mais tardar julho. O primeiro termo do protocolo de intenções já foi assinado. Vai vir uma missão de representantes da SPU aqui no município. Eles vão fazer uma apresentação muito técnica sobre até onde vai a gestão do município com a municipalização, aonde o município deixa de atuar, e aí a atuação é federal. Ato contínuo é a gente assinar e assumir a gestão disso aí. Eu não estou vendo dificuldade, muito pelo contrário, vejo boa vontade da Prefeitura e da SPU.

Falando em municipalização, é intenção da Prefeitura assumir o trecho da BR 101 entre Carapina e Serra Sede assim que o Contorno do Mestre Álvaro for entregue. Mas hoje o trecho é federal e está concedido à Eco 101, que deveria fazer obras como o trevo de Cidade Pomar e não faz. A Serra terá que fazer obras que a Eco não fez?

Você colocou duas questões aí. Uma mais pontual que é (o trevo de) Cidade Pomar. Será municipalizado o segmento da rodovia que vai deixar de ser concessionado, né, que vai desde depois do posto da PRF, passa pelo trevo de Carapina, passa pelo trevo do Jacuhy e vai um quilômetro depois, é um trecho significativo de quase 30 km. Vai se chamar Avenida Mestre Álvaro.

A municipalização deve acontecer em 2022, não adianta a gente esperar 2023 virar. Já estamos fazendo todo levantamento dos investimentos que a gente precisa a partir do momento que municipalizar.

Tem que lembrar o seguinte. A rodovia que vai ser municipalizada é diferente do que ela é hoje. O tráfego será menor. E o tráfego atual gera problemas que no futuro a gente não vai ter. Então a expectativa é de redução de acidentes. E isso vai nos dar um fôlego para a gente estudar com mais calma as soluções, que vão ser principalmente de trânsito local.

Vou dar um dado que as pessoas não perceberam ainda.  Vai ser mais rápido ir para Vitória para quem vem do norte pela BR 101 usando o Contorno do Mestre Álvaro, do que passar por Serra Sede, Laranjeiras, Carapina. Então mesmo as pessoas que vão para Vitória não vão fazer uso desse trecho.

Então vai ser um trecho que a gente vai dar um tratamento especial e urbano para ele para que o eixo econômico da cidade possa caminhar por ali, inclusive imobiliariamente falando recebendo comércio, galpões e indústrias ao longo dessa futura avenida.

E aí isso gera demanda. Não adianta achar que não gera. Já começamos a levantar tudo que a gente precisa realizar, trazer essa avenida para nós. Vamos trabalhar o novo modelo de Serra que queremos até 2040.

Trecho da BR em frente a Cidade Pomar: sem trevo, sem acostamento, asfalto ruim e alto índice de acidentes com mortes. Foto: Bruno Lyra/Arquivo TN

Quais intervenções a Prefeitura planeja fazer na futura Avenida Mestre Álvaro?

Tem algumas ações previstas que posso adiantar. Lá na saída da ArcelorMittal há um gargalo e como a gente soluciona aquilo? Faz um viaduto passando por cima ou fazer um mergulhão? Esse é um ponto. Segundo ponto que a gente também está estudando é em Cidade Pomar. Lá nós já estamos fazendo projeto, porque a ideia não é apenas fazer a intercessão (trevo) para acesso, mas pavimentar toda a via de ligação ao interior do bairro, que hoje não é pavimentada.

O senhor fala da via conhecida como Estrada do Urubu?   

Isso. Aquele trecho é chamado de Avenida Norte x Sul, sabia? A ideia ali é a gente desenvolver 100% do projeto e dependendo da articulação do prefeito Sérgio Vidigal, podemos fazer aquele trecho antes da rodovia ser municipalizada, através do plano de mobilidade. O prefeito está estudando com muito carinho.

Outro ponto importante: a gente precisa pensar num novo acesso para a Serra sede. Não dá para a gente ter só aqueles dois. Hoje a demanda característica é de trafego grande. Uma nova ligação da Av. Audifax com a rodovia está sendo pensada também.

Do viaduto de Carapina pelo menos até a Eudes Scherrer, queremos ampliar o número de faixas, três indo e três voltando na pista central. Estamos estudando como implementar isso. Estamos estudando também uma solução em dois níveis no entroncamento com a Eudes Scherrer. Tudo isso está sendo discutido, já temos até uma primeira planta conceitual desse que vai ser o grande projeto viário do município da Serra. E que vai ser complementado por uma obra que o governo do Estado já está fazendo, o viaduto em frente ao Vitória Apart Hospital.  E ainda com a ampliação do acesso da Norte Sul, que é o binário de Jardim Limoeiro.

Se não conseguirmos fazer tudo durante esse mandato do prefeito Sérgio Vidigal, vamos pelo menos fazer uma boa parte e deixar o resto para que a próxima gestão possa executar. O importante é que aconteçam essas intervenções nessas que são as duas grandes artérias da Serra e a gente não pode parar de olhar para elas.   

Halpher Luigi revelou que a municipalização das praias deve acontecer até julho Foto: Divulgação/Pedro França/Agência Senado

A obra viária do Estado na Reta do Aeroporto, que inclui o novo viaduto citado pelo senhor, foi embargada pela Prefeitura de Vitória, que alegou ausência de licença ambiental. Foi justo o embargo?

É surpreendente. Essa obra é intermunicipal. E se ela é intermunicipal naturalmente ela tem que ser licenciada pela órgão estadual. E ao que me consta ela tem licença do Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente). Então fiquei surpreso com que foi feito lá. Mas ouvi também que a Semob (Secretaria de Mobilidade e Obras de Vitória) se manifestou junto à Secretaria de Meio Ambiente (também de Vitória) dialogando por uma solução e com certeza esse assunto vai ser resolvido*. É uma intervenção fundamental para a mobilidade não só da Serra como de Vitória.

* A Prefeitura de Vitória retirou o embargo no último dia 08 de junho

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