Conceição Nascimento
Esta semana a Câmara aprovou projeto que autoriza o município buscar empréstimo junto a Caixa Econômica Federal, de R$ 230 milhões. Apesar disso, existe preocupação entre vereadores e outras lideranças políticas, sobre impacto nas contas públicas a partir da prática de empréstimos. Coordenador de Governo, Jolhiomar Massariol garantiu que o município terá liquidez financeira para arcar com as parcelas, que deverão ser quitadas em até dez anos.
“Esse empréstimo não vai engessar a Prefeitura, porque todos os municípios enquadrados na Lei e no Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) passam por análise da Caixa e da Secretaria do Tesouro Nacional, onde o município demonstra capacidade de pagamento”, disse Jolhiomar, que espera conseguir o empréstimo ainda este ano.
Questionado se a obtenção de empréstimo do montante de R$ 230 milhões pode ser um sintoma de falência nas contas públicas do município, Jolhiomar afirmou que o custeio está equilibrado, e os empréstimos será para promover investimentos.
“Temos de fazer investimentos em bairros. Essa opção (empréstimo) é para obras estruturantes, como o binário da Norte Sul, drenagem e pavimentação nos bairros. Não tem nada a ver com arrocho”, finalizou.
Para o vereador Aécio Leite (PT) a Prefeitura se encontra em situação difícil. “Tem queda de arrecadação e não demonstra isso para a sociedade. Tenta passar algo que não existe. Acredito que pode inviabilizar futuramente de pagar toda a dívida”, avaliou.
Já Ailton Rodrigues (PSC) acusa que este empréstimo não estava previsto na LDO, votada pelos vereadores. “É como se fosse consignado, quem vai pagar é o próximo prefeito. São R$ 230 milhões que virão descontados na folha de pagamento, um financiamento caríssimo, com juros altos. Sabe Deus como estará o município no futuro. Pode ficar funcionário sem pagamento, faltar dinheiro para educação e saúde”, reclamou o vereador.