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Prefeitura quer que Cesan suspenda abastecimento se óleo entrar em rio

A Foz do rio Reis Magos, em Nova Almeida, é local por onde o mar entra e sobe mais de 10km até a captação de água da Cesan em Putiri, zona rural. Foto: Bruno Lyra

Se o óleo que chegou às praias da Serra no dia 15 atingir a foz do rio Reis Magos, o fornecimento de água pode ser suspenso em parte da cidade. É que a Prefeitura da Serra oficiou a Cesan solicitando paralisação imediata do abastecimento e acionamento de plano de contingência para moradores não ficarem sem água. A medida é para evitar risco de contaminação.

Tudo porque o sistema Reis Magos, inaugurado pela Cesan em 2017, sofre influência das marés, que sobem o rio a partir de Nova Almeida. Tanto que a empresa admitiu ter mandando água salobra para as regiões da Serra Sede e Civit I – que somam 150 mil moradores atendidos pelo manancial – e prometeu medidas para corrigir o problema.

Segundo a secretária de Meio Ambiente da Serra, Áurea Galvão, o comunicado foi feito antes mesmo de o óleo chegar às praias do norte do Espírito Santo. Até por volta das 16h de ontem (21), as equipes do Meio Ambiente da Prefeitura que estão monitorando o litoral não haviam detectado óleo na foz do Reis Magos.

Além do impacto à vida marinha, aos banhistas e ao abastecimento de parte da cidade, o óleo também é perigo para manguezais e lagoas – como a Juara –, que sofrem a influência do mar. Sobre isso, Áurea disse ter encaminhado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama)um mapa com a localização de cada foz dos rios e córregos que sofrem influência da maré.

“Solicitamos a adoção de medidas, uma vez que é o comando do governo federal, através da Marinha e do Ibama, que tem conduzido ações, sobretudo relacionado ao bloqueio da foz dos rios ou instalação de algum tipo de contenção”, observa Áurea.

Segunda a secretária, por enquanto, o óleo só atingiu trechos das praias de Jacaraípe e Costa Bela, onde foram recolhidos 1,1kg da substância misturada a sedimentos naturais e algas. Há cinco dias, fragmentos do óleo não são vistos nos 23 km de litoral da cidade e, por conta do pequeno volume que chegou,Áurea disse que não houve necessidade de interditar as praias para banho, conforme orientação do governo federal. Mas vale lembrar que o óleo é tóxico.

Procurada, a Cesan não se manifestou sobre o pedido da Prefeitura sobre interrupção da captação, tratamento e distribuição das águas do Reis Magos caso o óleo chegue à foz.

Redação Jornal Tempo Novo

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