A crise econômica que se aprofunda à medida que a pandemia se agrava está provocando forte reflexo no caixa do município da Serra. Até agora, R$ 14 milhões deixaram de ser arrecadados e a Prefeitura projeta fechar o ano com arrecadação de R$ 647 milhões, 16,7% menor do que os R$ R$ 777 milhões havia previstos no orçamento. Ou seja, uma perda de R$ 130 milhões.
O valor refere-se apenas as receitas próprias, ou seja, impostos, taxas e contribuições que são recolhidos diretamente para caixa municipal. Dentre eles, o ISSQN, IPTU, ITBI, taxas de lixo, contribuição para iluminação pública. Portanto, é certo que orçamento global projetado em R$ 1,7 bilhão para este ano ficará menor na prática.
E ainda não estão consideradas as quedas nas transferências do Estado e da União, que também entram no bolo orçamentário. Tanto o caixa estadual quanto o federal sentem o baque da forte queda de receita gerada pela redução da atividade produtiva. Componente que pode ser potencializado pela crise política que assola o país.
Mesmo diante de tal cenário, a Prefeitura da Serra informou, pela assessoria de imprensa, que não deve fazer revisão da peça orçamentária. Afirmou que houve redução de custos para suportar a demanda na saúde e noutras serviços consideradas essenciais. Por isso diz que, no momento, há equilíbrio entre receita e despesa. Garantiu também não haver risco de atraso no pagamento de servidores públicos.
Dentre as despesas reduzidas, segundo a assessoria de imprensa, está a suspensão de horas extras e escala especial de servidores, exceto nas secretarias de Saúde, Assistência Social e Defesa Social para as ações de combate e prevenção à covid-19.
A assessoria da prefeitura informou ainda que houve redução de valores e até suspensão temporária de contratos com empresas terceirizadas.