Na noite de ontem (31), uma viatura do Grupo de Apoio Operacional da Polícia Militar causou polêmica entre os alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) da Serra. É que, com as crescentes ocupações nas escolas estaduais, universidades e institutos federais, a suspeita de alguns estudantes era de que os policiais estavam ali para impedir uma suposta tentativa de ocupação do campos por parte de alunos contrários à PEC 241.
Sob a condição do anonimato, estudantes do curso técnico de Informática e participantes do Grêmio Estudantil, deram a sua versão sobre o episódio.
“Hoje (segunda-feira, 31) teve uma assembleia geral dos alunos do curso técnico para falar sobre questões relacionadas à eleição do Grêmio. Após a assembleia, um grupo de alunos saiu do prédio dizendo que faria a segurança do Campus porque ele seria ocupado. Saí de onde estava e ao retornar soube que havia chegado uma viatura da PM”, relata um estudante.
Outro aluno, que também não quis se identificar, viu a chegada da viatura. “Chegou a viatura, desceu um policial que fez uma ligação e dois alunos da engenharia saíram ao encontro dele. Então os alunos e o policial entraram e ficaram rodando no campus. Os alunos da engenharia estão dizendo que se houver ocupação, eles vão partir para a agressão”, pontuou.
“Até o momento nenhuma entidade do campus fez nenhum debate sobre ocupação do Ifes, mas a impressão que se tem é que eles já estão intimidando antes que a ocupação possa acontecer”, ressalta um terceiro estudante.
O coordenador de segurança do Ifes, Aliomar da Silva , negou que a presença da viatura da PM fosse para intimidar uma suposta tentativa de ocupação. “Houve um boato de ocupação, mas elas acontecem sempre antes ou depois do expediente, pois tem mais aluno contra (a ocupação) do que a favor. A viatura está lá fora, mas de vez em quando eles (a PM) passam aqui. E a polícia não pode intervir, a não ser que seja acionada pela direção do Ifes. Temos segurança interna, mas se há uma ocupação de alunos, estamos apenas para manter o patrimônio e a ordem entre os a favor e os contra”, explicou.
A reportagem foi até a viatura objeto da polêmica e conversou com os policiais. Eles informaram que estavam no local apenas para aguardar um colega que teria ido fazer uma prova.
A assessoria da Polícia Militar informou desconhecer o caso, e afirmou que sempre que é acionada pelas respectivas administrações, acessa os campus das Instituições Federais do Espírito Santo. Mesmo assim informou que o Comando do 6º Batalhão irá apurar o caso.
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