A presidente da Associação de Moradores do Parque Residencial Laranjeiras, na Serra, Lusmar Santos Furtado, foi multada em R$ 10 mil pela Justiça do Trabalho por descumprir determinações judiciais. Lusmar, que enfrenta acusações de assédio moral contra os trabalhadores da organização, teria ignorado uma ordem judicial emitida em julho deste ano.
A penalidade financeira decorre de uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que solicitou o afastamento imediato de Lusmar do cargo após denúncias de assédio moral. Apesar do pedido de afastamento não ter sido atendido, a Justiça determinou que Lusmar e sua advogada, Lilian Souto, cessassem qualquer conduta que configurasse assédio moral ou coação contra os funcionários.
Além disso, a Justiça proibiu qualquer tipo de contato, direto ou indireto, entre Lusmar e os trabalhadores que prestaram depoimento no inquérito civil do MPT, ou que possam vir a testemunhar no processo judicial em andamento.
A multa de R$ 10 mil foi imposta após a comprovação de que as determinações judiciais foram violadas. Segundo a juíza do Trabalho Tutelar, Fátima Gomes Ferreira, “o documento apresentado pelo MPT é dotado de presunção de veracidade, sendo suficiente para convencer o Juízo do descumprimento das ordens estabelecidas na decisão inicial.”
A Associação de Moradores de Parque Residencial Laranjeiras informou, ao Jornal Tempo Novo, que o processo judicial se trata de uma “manobra da oposição”, a qual será desmascarada no momento oportuno. Destacou ainda que os funcionários apontados no processo não existem na organização.
Ainda de acordo com a Associação, não existe objeto para cumprir esse tipo de decisão e, portanto, “trata se de uma decisão sem fundamento”.
A presidente da Associação de Moradores de Laranjeiras, Lusmar Furtado, está envolvida em polêmicas desde o início de seu mandato como líder comunitária da associação de moradores mais rica do Espírito Santo, que possui um patrimônio de R$ 100 milhões.
No entanto, é importante destacar que Lusmar é apenas um capítulo recente na longa novela de instabilidade política da instituição, que já dura quase uma década. Esse período foi marcado por decisões judiciais que anularam eleições passadas.
A eleição de 2021 resultou na escolha da atual diretoria, presidida por Lusmar Santos Furtado.
Acusações de assédio moral contra funcionários, tema já abordado pelo Jornal Tempo Novo, surgiram quando colaboradores, que lutavam contra o possível fechamento da biblioteca do bairro, denunciaram humilhações e retaliações. Pouco depois dessas denúncias, as trabalhadoras foram demitidas de seus cargos.
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