Por Conceição Nascimento
Mais uma vez a Prefeitura da Serra protelou a agenda de prestação de contas das obras do Orçamento Participativo (OP) 2015, cuja previsão era de início de 36 obras, mais a obra da cidade. Até agora, apenas cinco obras foram iniciadas. Uma série de encontros entre o poder público e representantes das comunidades estava agendada no gabinete do prefeito Audifax Barcelos (Rede) para esta semana, mas ele pediu que o prazo fosse estendido, como já fez em dezembro de 2015. Lideranças comunitárias já sugerem uma manifestação nas ruas da cidade para cobrar o cumprimento do calendário do OP.
Segundo o coordenador da Assembleia Municipal do Orçamento (Amo), Jean Carlo Cassiano, em encontro nesta segunda-feira (25), o prefeito pediu mais prazo para a prestação de contas, estendendo de janeiro para os dias 23, 24, 25 e 26 de fevereiro as reuniões com comunidades. Estavam presentes representantes da Amo, Federação das Associações de Moradores da Serra (Fams), da Câmara de Vereadores, comissões temáticas e de três regiões do município.
“Foi feita uma explanação muito técnica sobre repasses que não foram feitos e outras explicações por parte da secretária de Planejamento Estratégico (Seplae), Lauriete Caneva. Mas muitos dos presentes teriam que prestar contas para suas comunidades, que anseiam as obras. Sugerimos prazos para início e término de obras, pois as explicações foram muito evasivas. Diante disso, o prefeito pediu a nova agenda”, disse Jean Cassiano,
Alguns moradores opinaram sobre o assunto nas redes sociais. É o caso de Alex Shander Silva. “Mais uma ‘embarrigada’, já tínhamos programado para o dia 27 de janeiro (as reuniões). Está ficando feio já. Não dá mais para colocar na conta das lideranças o problema do poder púlbico. O nosso dever é passar para a população o que realmente está acontecendo, sejamos honesto com o povo”, lembrou.
Job Gonçalves disse que “é uma falta de vergonha a praça de Jardim Tropical não ter sido entregue no prazo. Falta um pouco de liderança”, avaliou.
Já Wellington Nanal reclama da ‘boca fechada’ das lideranças comunitárias. “Despactuo desta postura utilizada pela gestão municipal. O desconhecimento de parte da sociedade e a conivência da maioria das lideranças comunitárias que quer discutir OP sendo que não conhecem a peça do orçamento municipal”, lembrou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do prefeito para informações sobre a agenda com as comunidades, mas até o momento, não obteve resposta.