Por Clarice Poltronieri
Os professores da Serra prometem manter e greve e recorrer da decisão da Justiça que julgou ilegal o movimento da categoria. É o que afirmou nesta quarta (17) a diretora do Sindicato dos Professores dos Trabalhadores da Educação (Sindiupes), Josandra Rupf, logo após receber o ofício do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) notificando a categoria sobre a ilegalidade do movimento.
“Nosso setor jurídico já prepara o recurso que deve entrar amanhã (quinta, 18). Manteremos a greve até a próxima assembleia, que é dia 23, às 13h. Os argumentos da Prefeitura vão de encontro ao movimento dos professores. Tentamos negociar de todas as formas, mas não deu”, explica.
A greve dos professores começou nesta terça (16) de forma parcial, com operação tartaruga nos turnos da manhã, tarde e noite, com redução da jornada de aula. Na decisão a Justiça dá prazo de 24h para retorno das atividades em tempo integral, sob pena de multa diária de R$ 5 mil ao Sindiupes.
A decisão do Tribunal de Justiça foi expedida no início da noite de terça (16) após ação protocolada na tarde do mesmo dia e atendeu a uma solicitação da Prefeitura da Serra. Porém a assessoria do TJES adiantou que cabe recurso.
Motivos
Segundo o procurador do município, Vítor Silvares, os motivos do pedido da prefeitura se deram ao fato de não ter sido encaminhada a ata com o quórum necessário para deflagrar a greve; de não terem se esgotado as possibilidades de negociação; da essencialidade do serviço e da Serra ser um dos poucos municípios a oferecer reajuste salarial no cenário de crise.
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