Em assembleia que acabou no início da noite desta segunda (25) os professores da rede de educação da Serra decidiram não entrar em greve. Pelo menos por enquanto. É que o prefeito Audifax Barcelos (PSB) e equipe de governo estiveram no evento para dialogar com a categoria, que decidiu aguardar uma nova rodada de negociação.
Segundo um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Espírito Santo (Sindiupes), Gean Carlos Nunes, o prefeito fez algumas promessas à categoria e disse que receberá o Sindiupes para reavaliar a questão do reajuste, cuja proposta inicial do município era de 9,26% oferecido, que será pago em três parcelas: 2% em junho, 3% em outubro e 4% em abril de 2016.
Na assembleia, Gean disse que Audifax prometeu dar o reajuste na íntegra ainda em 2015 caso a receita do município melhore. Também teria feito o compromisso de fazer a escolha de diretores até o fim do ano; solicitar à Câmara a exclusão da lei que dá remoção compulsória ao professor que teve mais de 60 dias de licença em dois anos. Segundo o sindicalista Audifax também se comprometeu a solicitar aos vereadores que não votassem o reajuste dos servidores nesta segunda.
Gean acrescentou que com relação ao reajuste, a contraproposta do prefeito não atendeu às expectativas dos professores. Por isso, a categoria continua em estado de greve. Caso as negociações não avancem, a greve com suspensão das aulas poderá ser votada na próxima assembleia, prevista para o dia 1º de junho às 9h30.
Paralisação
Apesar de não ter greve, os professores darão aula de preto nesta quinta (28) e farão uma paralisação nesta sexta (29), conforme calendário nacional proposto da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). As informações são do Sindiupes.
Prefeito
Através de sua assessoria, o prefeito Audifax Barcelos confirmou as promessas relatadas pelo diretor do Sindiupes. Apenas fez a ressalva de que a antecipação do valor global do reajuste engloba também os demais servidores do município e que isto só será possível se houver “um crescimento de receita que assegure o limite prudencial estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que é de 48.6% com gasto de pessoal”.