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Proposta de extinção da escala 6×1 ganha destaque no debate trabalhista

A escala de trabalho 6×1, prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é amplamente utilizada em diversos setores, especialmente no comércio, indústria e serviços. Nesse regime, o trabalhador cumpre seis dias consecutivos de atividades, com direito a um dia de descanso semanal obrigatório, preferencialmente aos domingos.

Como Funciona a Escala 6×1?

Essa modalidade de jornada é aplicada principalmente para adequar as necessidades operacionais das empresas ao atendimento contínuo, sem comprometer a legislação trabalhista. Em geral, o horário diário não ultrapassa 8 horas, respeitando o limite de 44 horas semanais.

A jornada de trabalho 6×1, adotada por diversas empresas no Brasil, está no centro de discussões após propostas que defendem sua extinção serem apresentadas por especialistas em direito trabalhista e sindicatos. A mudança busca melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e adaptar a legislação às novas realidades do mercado de trabalho.

+ Em caso de morte do trabalhador, o que acontece com o saldo do FGTS?

Entenda a Proposta

A ideia principal é substituir o modelo 6×1 por alternativas que garantam maior flexibilidade e descanso aos empregados, como escalas 5×2 ou 4×2, mais comuns em países que priorizam o bem-estar dos trabalhadores. Essas opções visam oferecer mais dias de folga consecutivos, permitindo maior recuperação física e mental.

Segundo defensores da proposta, o atual modelo de seis dias consecutivos de trabalho não é compatível com as demandas modernas de saúde e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Argumentos a Favor da Extinção

Saúde e Qualidade de Vida: Estudos indicam que jornadas intensivas, como a 6×1, aumentam os riscos de problemas de saúde mental, estresse e doenças ocupacionais.

Maior Produtividade: Empregados com mais descanso tendem a ser mais produtivos e engajados no trabalho.

Adequação às Novas Realidades: Com o avanço da tecnologia e o trabalho remoto, novas formas de organização estão sendo priorizadas globalmente, tornando o modelo 6×1 obsoleto.

“O trabalhador precisa de mais tempo para se dedicar à família e ao lazer, e isso reflete diretamente na sua produtividade”, afirma Joana Pereira, diretora de um sindicato trabalhista.

Impactos na Economia e nas Empresas

Embora a mudança traga benefícios aos trabalhadores, algumas entidades empresariais alertam para os desafios de implementar a transição. Setores que operam continuamente, como comércio e serviços, poderiam enfrentar dificuldades para adequar as escalas sem aumentar custos operacionais.

Por outro lado, especialistas destacam que uma força de trabalho mais descansada tende a reduzir o absenteísmo e os gastos com saúde ocupacional, equilibrando os impactos econômicos.

Vanusa Neves

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