Em uma dura nota pública produzida e encaminhada pela Comissão Executiva Municipal do PT, o partido aponta uma guinada ‘bolsonarista’ do novo Governo liderado pelo prefeito Sérgio Vidigal (PDT) na Serra. Além disso, a sigla fez críticas sobre a futura reforma administrativa que deve tirar o status de Secretária da pasta de Direitos Humanos; também se posiciona contra o retorno às aulas presenciais e critica a possiblidade da Serra implantar escolas cívico-militares – que é um projeto defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
A nota é proveniente de uma reunião virtual feita pela executiva do PT ocorrida no último dia 11 de fevereiro. Vale destacar que a sigla esteve informalmente na base partidária que reconduziu Vidigal para o 4º mandato de prefeito. Inclusive, o ex-vereador Aécio Leite, que detinha forte influência no partido foi recentemente nomeado para um cargo CC3 na Prefeitura, com salário base de R$4.300.
‘Em ambiente de pandemia que aflige e mata nossa população, recessão econômica que empobrece nosso povo e retira direitos, uma política de austeríssimo que retroage em garantias cidadãs, afirmações e proteções sociais, diminuir a presença do estado não é o caminho adequado para melhorar a cidade e, portanto, também, a vida de seus moradores’, diz a nota.
E segue, afirmando que Vidigal trouxe – sem citar nomes – para funções e secretarias relevantes, ‘quadros expoentes defensores, reconhecidamente comprometidos com os projetos do atual governo federal genocida, negacionista, neofacista e antidemocrático’.
Na nota, o partido reconhece que prestou apoio no primeiro e segundo turno das eleições do atual prefeito Sergio Vidigal, ‘por acreditar, naquele momento, que por conta de seu histórico recente de governo democrático e de participação popular, seria o melhor a fazer ante o crescimento do projeto de direita que ganhava espaço na campanha’.
No entanto, o partido afirma que o governo Vidigal tende para uma gestão de austeríssimo fiscal, marca registrada dos governos neoliberais, o que na visão do partido ‘significa, sempre, o sucateamento e precarização das políticas públicas e espaços institucionais de promoção, proteção social, defesa, acolhimento e amparo daqueles que precisam da ação do poder público para a garantia de seus direitos’.
Na nota, o PT afirma que faz questionamentos na condição de ‘aliados políticos’, mas se posiciona contrária a presença de profissionais das forças públicas da Segurança, gerindo pastas relacionadas a políticas sociais, ‘trazendo enorme simbolismo e preocupação, pois significa que o debate amplo, franco e democrático está prejudicado’, diz a nota.
Apesar do partido não citar nomes de forma clara e objetiva, fontes internas indicam que uma das nomeações que causaram desconforto no PT se trata da delegada de polícia Gracimeri Gaviorno – que foi candidata à prefeita em 2020 pelo PSC – e recentemente assumiu o comanda da Secretária das Mulheres.
A nora emitida pelo PT segue tecendo críticas ao novo governo municipal, referente à possibilidade da reforma administrativa extinguir a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, alojando-a em outro espaço da gestão, retirando, portanto seu ‘protagonismo assim como fez e faz, o governo Federal’, fato que o PT considera ‘um inaceitável retrocesso na execução das políticas afirmativas e de proteção e reparação às violações aos Direitos Humanos’.
Na opinião do PT, caso essa mudança ocorra, irá acarretar na desconstrução do ‘símbolo da luta da população pobre e vulnerabilizada da cidade, o que vai frontalmente de encontro às próprias iniciativas do governo do PDT, iniciada em 1997’. E crava: ‘não vamos nos calar’.
A nota segue subindo o tom em relação as escolhas de Vidigal para secretárias relacionadas a políticas sociais e minorias: ‘Para nós as políticas afirmativas e de direitos humanos e cidadania, mulheres, igualdade racial, consumidor, contra a homofobia, juventude, populações de rua, criança e adolescentes, bem como todas as minorias e vulneráveis e trabalho, emprego e renda não devem ser geridas por representes de forças de segurança públicas e ou pessoas que não vivenciam as reivindicações do mundo do trabalho, para além disso, somos totalmente contrários a quaisquer iniciativas que apontem para a construção de Escolas cívico militares’.
Por fim o PT critica veementemente sobre o retorno das aulas presenciais (marcadas para março na Serra), ‘num momento em que vemos a explosão de contaminação do Corona vírus, colocando em risco os trabalhadores da educação bem como toda população, os governos, estadual e municipal devem se esforçar para criar alternativas que garantam a segurança da população e foquem no combate à covid 19 como primeira prioridade’.
O PT diz ainda que atuará para derrotar ‘as forças da extrema-direita e seus aliados, especialmente este Governo Federal, por entender tratar-se de um governo ilegítimo, resultado de um golpe jurídico-parlamentar, impetrado contra uma presidenta legitimamente eleita, honesta, que não cometeu crime de responsabilidade’. Vale destacar que em Sergio Vidigal, então deputado federal foi um dos parlamentares que votaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
O partido pede que sua militância – cerca de 3.000 filiadas na Serra – se una ‘na luta permanente contra os retrocessos em curso no país e que ameaçam contaminar nossa cidade’.
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