A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras homologou, durante reunião nesta segunda-feira (20), mais 17 pré-candidaturas e alianças para a disputa das eleições municipais em cidades com mais de 100 mil eleitores. Entre este novo grupo oficializado nacionalmente, está o ex-deputado Roberto Carlos, que busca disputar a Prefeitura da Serra.
O PT possui uma estrutura burocrática interna mais complexa do que a maioria dos outros partidos. À medida que Roberto Carlos avança na consolidação interna de sua pré-candidatura, uma possível retirada se torna uma hipótese cada vez mais remota, efetivamente fazendo dele um candidato que buscará se eleger com o apoio do partido que governa o país.
Roberto Carlos se pronunciou sobre a decisão do PT nacional: “Estamos muito felizes com a notícia da aprovação interna do meu partido. A homologação representa o posicionamento oficial do PT em lançar minha candidatura durante o período eleitoral. Estou pronto para representar os eleitores e as eleitoras do presidente Lula na Serra”, disse o pré-candidato.
A CEN tem realizado reuniões semanais para analisar e homologar essas pré-candidaturas e coligações. Até agora, já são 112 pré-candidaturas homologadas após a realização de um amplo debate e de eventos realizados nos municípios, com o objetivo de preparar o PT, juntamente com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Verde (PV), que formam a Frente Brasil da Esperança e que, pela primeira vez, vão atuar como federação em uma eleição municipal em várias cidades do país. Entre aqueles mandatários mais animados com a candidatura de Roberto Carlos, está o senador Fabiano Contarato, que tem sido um interlocutor nacional.
Na listagem, o nome de Roberto Carlos surge com a descrição de ‘unanimidade no diretório’, o que significa que ele conseguiu criar uma unidade partidária com as diferentes correntes internas que subdividem o PT. No documento, consta a informação de que, caso haja substituição de candidatos, a Comissão Executiva Municipal deve escolher outro nome em conjunto com o GTE Nacional, o que deixa o PT local menos propenso a arranjos eleitorais locais, considerando que a decisão precisa ser harmônica com os planos nacionais do partido.
O GTE 2024 não é qualquer grupo. É formado pela presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e pelos/as dirigentes nacionais Gleide Andrade, Henrique Fontana, Humberto Costa, Jilmar Tatto, Joaquim Soriano, Natalia Sena, Romênio Pereira e Washington Quaquá. O senador Humberto Costa (PT-PE) coordena os trabalhos. O grupo ainda conta com o acompanhamento dos/as também dirigentes nacionais Sônia Braga, Anne Moura e Martvs das Chagas.
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