A cena é comum e acontece diariamente no Transcol. A prática de pular a roleta, além de resultar em perda de receita no sistema, intimida quem presencia a cena. A situação é antiga, mas ultimamente está generalizada, segundo quem utiliza o transporte público coletivo na Grande Vitória.
Uma passageira que não quis se identificar relatou que já presenciou discussões no interior do coletivo. “Quando o cobrador reclamou, o rapaz o atingiu com o cesto de lixo. Geralmente quem pula a roleta fica encarando os outros passageiros”, contou a jovem, que reside em Laranjeiras.
A vendedora Jaqueline Durant disse que tem medo quando presencia a cena. “Mas vejo que muitos pais ensinam as crianças a pular a roleta. Acho que deveria haver outra forma para que as crianças menores de cinco anos não pagassem a passagem porque já aprendem cedo a pular”, disse ela, que mora em Carapina Grande.
Segundo informações da assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), o projeto que institui o sistema de roletas altas aguarda autorização da Ceturb. Informa ainda que mantém uma parceria com a Secretaria do Estado de Segurança Pública para envio de todas as imagens captadas pelo circuito de videomonitoramento referentes a ocorrências dentro dos coletivos.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que a Polícia Militar (PM) tem reforçado a segurança nos coletivos da Grande Vitória e que mensalmente o Sindicato dos Rodoviários tem se reunido com a PM a fim de discutir e melhorar as ações de policiamento, incluídos os terminais rodoviários.
A PM pede ajuda da população com denúncias que podem ser feitas através do Disque-Denúncia (181). O sigilo e o anonimato são garantidos.