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Quase 200 obras estruturantes estão paradas no ES

 

As obras do Contorno de Jacaraípe, de responsabilidade do Governo Estadual, estão paradas desde o final de 2014.

O Espírito Santo possui hoje 189 obras de infraestrutura e transporte paralisadas, que corresponderiam a mais de R$ 1,6 bilhão em investimentos. Os dados são do Geo-Obras ES, programa do Tribunal de Contas do Estado que indica as obras realizadas pelos Governos estadual e municipais e foram divulgados pelo Sindicato da Industria da Construção Pesada do ES (Sindicopes)

Por conta das interrupções, 29 mil postos de trabalho diretos e outros 1000 indiretos deixaram de ser criados, de acordo com estudos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicopes, o número pode ser maior, já que juntam-se a ele vários casos de suspensões de investimentos frutos de recursos federais. O Sindicopes frisou que o número de obras paradas pode ser bem maior, já que há outros investimentos não abrangidos pelo Geo-Obras como os cortes das grandes plantas industriais.

O presidente do Sindicopes, José Carlos Chamon, ressaltou que muitas obras estão paralisadas por terem recursos do Tesouro Federal e próprios de Prefeituras, que apresentam hoje diminuição da arrecadação; outras que já estão financiadas pelo BNDES e serão retomadas dependendo da negociação com o Governo do Estado; e algumas de prefeituras que não receberam o repasse federal previsto.

Diante um cenário de crise econômica nacional, com cortes em várias escalas de investimentos, a construção pesada – que é responsável por obras de infraestrutura como rodovias, pontes, drenagem, pavimentação, entre outras, já mostra seu enfraquecimento.

No Espírito Santo, foram 7000 demissões entre setembro/14 e Julho/15, quando foi realizada pelo Sindicato uma última amostragem. Se comparando os postos de trabalhos dos meses citados, houve redução de 60,7% das vagas de emprego.

“O cenário de demissões de funcionários diretos, neste ano, deve se manter estável, mas corre risco de atingir equipes de Administração dos escritores centrais, Controle de Qualidade e Saúde e Segurança do Trabalho, em casos de agravos na crise econômica”, pondera Chamon.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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