Distúrbio que se caracteriza pelo excesso de gordura corporal, a obesidade é um problema de saúde preocupante, principalmente porque segue em escala crescente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são portadoras de obesidade.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que 24,3% dos adultos brasileiros sofrem desta doença, ou seja, um a cada quatro pessoas.
O médico Gibran Sassine, cirurgião do aparelho digestivo, explicou que a obesidade contribui para o surgimento de muitas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, estearose hepática, problemas respiratórios e ortopédicos, além de infartos e AVCs, que em muitos casos podem causar morte fulminante.
“Outras doenças graves como as cardiovasculares e diversos tipos de câncer também estão associadas à obesidade, que se tornou um problema global. O controle e prevenção dessa condição passa pela conscientização das pessoas acerca dos hábitos saudáveis e também pela implementação de políticas públicas de saúde que ofereçam tratamento para pacientes de baixa renda”, destacou o médico.
Sassine explicou que a obesidade está diretamente ligada ao consumo excessivo de alimentos calóricos (ricos em muito açúcar e gordura), mas também pode ser desencadeada por desequilíbrios hormonais, metabolismo irregular e transtornos psicológicos que levam à compulsão alimentar.
“É fundamental identificar os fatores que estão causando a obesidade e, a partir dessa descoberta, propor tratamentos para combater o excesso de peso, como mudança nos hábitos alimentares, prática de atividade física, medicações, tratamentos psiquiátricos e cirurgia bariátrica”, esclareceu o médico.
A opção pela cirurgia bariátrica, procedimento para redução de estômago, é indicada para casos em que outros tratamentos não apresentaram os resultados desejados.
“As cirurgias bariátricas têm sido aperfeiçoadas nos últimos anos, estão menos invasivas e podem viabilizar uma perda de peso considerável, mas a indicação depende da condição individual de cada paciente, levando em conta o peso, as comorbidades que ele possui, entre outros pontos”, afirmou o cirurgião do aparelho digestivo Gibran Sassine.
O médico ainda faz um alerta para a incidência de obesidade em crianças. “Muitos casos de obesidade começam ainda na infância, por isso é importante que os pais fiquem atentos à dieta dos seus filhos. Hábitos alimentares saudáveis devem começar no momento da compra, priorizando frutas, legumes e carnes magras, em vez de ultraprocessados e produtos açucarados. Se a criança não tem esses alimentos prejudiciais em casa, já é um grande passo”.