O Senado da Argentina aprovou a legalização do aborto nesta quarta-feira (30). A votação acirrada foi realizada às 4h, depois de uma maratona de debates que durou ao longo da noite. Por 38 votos a 29 e uma abstenção, o Senado apoiou a proposta do governo para permitir a interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação.
A câmara baixa do Parlamento argentino já havia aprovado a medida no mês passado. No Espírito Santo, a aprovação da lei gerou repercussão. O deputado estadual, Vandinho Leite (PSDB), se mostrou indignado e disse que como “defensor da família, da vida e dos valores cristãos” não pode apoiar a ideia.
“Essa lei é uma verdadeira autorização para matar. Que o Brasil siga firme em seu posicionamento de proibir essa prática em nosso país. Como deputado estadual, seguirei sempre defendendo o direito à vida”, disse.
Ele ainda ressaltou que é importante criar redes de apoio e proteção para prestar o auxílio devido a mulheres que engravidam após sofrerem violência sexual, evitando, assim, o caminho da interrupção da gravidez, ao qual ele é expressamente contrário.
Aborto no Brasil
No Brasil, o aborto não é permitido, mas há exceções: em caso de estupro, de má formação do feto ou de risco à mulher.