O sítio histórico do Queimado, palco de uma das maiores revoltas de escravos do Brasil, a Insurreição do Queimado poderá ser tombado como patrimônio histórico nacional. A proposta foi divulgada no último dia 31 quando representantes do governo Federal, Estadual e Municipal estiveram visitando as ruínas.
Estiveram presentes o secretário nacional de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, Erivaldo Oliveira da Silva, presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, além do prefeito Audifax Barcelos e gestores de Promoção da Igualdade Racial representantes do Governo Federal por meio do Ministério da Educação, Secretaria Nacional de Juventude/ Segov-PR, Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Secretaria de Assuntos Federativos/Segov, entre outros.
A secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Lourência Riani, conta que o Queimado é uma prioridade para o Governo Audifax em 2018. “Em 2015 nós apresentamos o projeto de revitalização das ruínas em Brasília, junto a ministros, Fundação Palmares e Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e ao mesmo tempo solicitamos o tombamento nacional do Sítio Histórico do Queimado. A partir deste momento o Iphan faz projetos para dois estudos. Um deles é o estudo e a prospecção arqueológica no sítio histórico, este será realizado e assumido pelo município e deve custar cerca de R$ 130 mil. A revitalização só pode ser feita depois deste estudo. Temos tido reuniões sistemáticas com Iphan que vem nos orientando e já estamos em processo licitatório para este estudo”, destaca.
Lourência disse também que a maior preocupação da Prefeitura da Serra são as ruínas. “O estudo que estamos fazendo em cima deste projeto de revitalização é separar, fazer por etapa, a primeira é separar o que é obra e o que necessita para manter erguidas as ruínas. O entorno e sua envolta pode ser numa segunda e numa terceira etapa. O que nós temos que fazer é a manutenção das ruínas para elas não caírem”.
A cargo do Iphan ficará o estudo INRC (Inventário Nacional de Referência Nacional) que será bancado pela Fundação Palmares que deve custar R$ 150 mil. “Ao final deste inventário é que se toma a decisão de dar o tombamento nacional ou o registro histórico nacional”.
Neste final de semana acontece o Seminário Queimado que irá tratar das perspectivas da legalidade territorial e do projeto arqueológico de restauração e de revitalização das ruínas.
O evento será na sexta-feira (23) a partir das 18h30 e no sábado (24) das 8h30 às 18h30 na paróquia São José Operário, em Carapina (ao lado do colégio Rômulo Castelo). A realização é do Fórum Chico Prego.
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