Por Yuri Scardini
Enquanto lideranças políticas já concentram suas agendas para eleições de 2018, a Serra, há pouco proclamada como locomotiva econômica capixaba, se vê em meio a grandes desafios para o desenvolvimento. Entre tantos, há de se destacar ao menos quatro:
A insegurança hídrica, que pode por em risco a produtividade e atração de novos investimentos;
O futuro Porto Central em Presidente Kennedy, com conceito de porto indústria, pode atrair grandes plantas industriais e ameaçando polos da Serra, como o de mármore.
Aracruz na Sudene – que se passar no Senado federal – ficará ainda mais atraente para investimentos, com seu complexo portuário, a construção do Terminal de Uso Privado (TUP) da Imetame e a expansão e dinamização de PortoCel de responsabilidade da Fíbria, criando um grande entreposto, principalmente de Linhares à Serra.
Cariacica e Viana, despontando como fortes concorrentes, principalmente na área de logística. Com a construção da Leste Oeste ligando o arranjo produtivo de Cariacica e Viana ao porto de Vila Velha, diminuindo os gargalos nas BR’s 262 e 101 e dando fluidez ao escoamento de mercadorias.
A Serra passou por dois grandes ciclos de desenvolvimento, entre os anos 70 e 80 com a economia do abacaxi, e o segundo após os anos 80, com a vinda da antiga CST, atual ArcelorMittal, que trouxe a era da industrialização à cidade.
Agora, precisa preparar sua economia para um terceiro ciclo de desenvolvimento. É necessário segurar as empresas que aqui estão, gerando impostos, atrair novos empreendimentos com tendências de sustentabilidade, tecnologia e inovação. A Serra não sustenta mais os modelos econômicos poluidores e impactantes.
Investir no setor de serviços, grande gerador de emprego e renda, com polos gastronômicos, por exemplo, e criar uma nova grande âncora da economia. Como um aeroporto Internacional de Cargas com potencial de escoar a produção do agronegócio do centro oeste brasileiro.