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Quem quer ser prefeito da Serra?

Passado o carnaval, o Brasil começa a funcionar. Os arranjos e acertos políticos que vinham a ‘banho-maria’, visando o pleito municipal de 2016 agora serão acelerados. Daqui até o dia 1º de outubro, as conversas giram em torno de filiações partidárias, uma vez que quem deseja concorrer a vereador, prefeito e vice, tem que ter sua filiação partidária resolvida um ano antes do pleito.

O que se vê aqui na Serra até agora é apenas um nome colocado para disputar a eleição para prefeito em 2016, e é justamente o do atual ocupante do cargo: Audifax Barcelos (PSB), que dessa vez não tem problema de legenda, como foi em 2008, quando o PDT optou pela candidatura de Sérgio Vidigal, em detrimento de Audifax.

Todos os outros nomes com condições de disputar a eleição dependem de partidos e da criação de condições para terem pelo menos um desempenho razoável.

O PT, por exemplo, tem dois nomes em condições: o ex-deputado estadual Roberto Carlos e o deputado federal Givaldo Vieira. Roberto foi candidato a governador e hoje ocupa um cargo de direção na Assembleia Legislativa. Givaldo foi vice-governador e, apesar de eleito deputado federal, o seu desempenho na Serra foi pequeno. Qualquer um dos dois pode vir, mas não será uma decisão fácil, pois as candidaturas majoritárias na Grande Vitória envolvem muitas ‘costuras’, com partidos cedendo aqui para ganhar ali.

O próprio ex-prefeito e hoje deputado federal, Sérgio Vidigal (PDT), não se aventura em uma eleição de prefeito se não tiver o irrestrito apoio do governador Hartung. Ele perdeu o embate direto com Audifax em 2012 e conhece o gosto amargo da derrota.  Ele só deve voltar a disputar a prefeitura da Serra numa circunstancia muito favorável.

Vandinho Leite depois que perdeu a eleição de deputado federal está desnorteado em busca de um porto seguro. Há ensaios para se filiar no PSDB ou no futuro PL. É um longo e árduo caminho para se viabilizar na disputa.

A presidente da Câmara, Neidia Pimentel, que vai deixar o Solidariedade, também sonha em ser prefeita.  Para isso espera contar com a simpatia de Hartung, de quem se aproximou e se empenhou na campanha aqui na Serra. O plano inicial de Neidia era vir pelo PMDB, mas essa possibilidade vem sendo reduzida à medida que Audifax avança sobre a legenda.

As apostas de Audifax para ficar mais 4 anos

 Mais apressado do que Vidigal, o prefeito Audifax já começa a montar o seu tabuleiro eleitoral e com uma vantagem sobre o adversário: tem a máquina municipal nas mãos e preparada para deslanchar, enquanto que o ex-prefeito enfrentará cenários ruins, em Brasília e também no Estado, e terá muito pouco a oferecer aos partidos para atraí-los ainda este ano para o seu lado.

As ações do prefeito Audifax desde o início do ano seguem na direção de propiciar-lhe as melhores condições para a sua reeleição. Uma delas é a migração de seu staf para o PMDB. Outra, foi fazer o vereador Luiz Carlos Moreira o seu líder na Câmara. A ida de Silas Maza para o partido do governador, no mínimo, racha a sigla no momento de formalizar as coligações.

Jogar o PT no colo do adversário parece fazer parte da estratégia do prefeito. Com todas as acusações que pesam contra o partido a nível nacional, a imagem do PT está muito desgastada e abrir mão da sigla pode não ser um mau negócio. Audifax, no entanto, manteria os laços com pessoas da legenda, assegurando assim parte da militância.

Ao flertar com o Rede Sustentabilidade, o prefeito joga com o futuro que, ao que parece, terá Marina Silva como única sobrevivente da atual safra de políticos de envergadura nacional. Isso porque Lula e o PT estão vasculhando tudo que se passou nas entranhas dos sucessivos governos tucanos em Minas Gerais, onde Aécio Neves foi governador por oito anos. Minas agora é governado pelo petista Fernando Pimentel.

Se Audifax fica ou não no PSB é o tempo que vai dizer e pesarão na decisão muitos fatores, inclusive o desempenho do governador Paulo Hartung. Se neste período obras relevantes em favor da Serra forem realizadas, o prefeito pode ficar mais perto de Hartung.

Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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