Por Ayanne Karoline
O rompimento da barragem da Samarco (Vale + BHP Billiton) em Mariana – MG completou três meses e segue causando estragos. Com a paralisação das atividades na unidade de Anchieta, litoral sul do ES, por exemplo, muitas empresas da Serra perderam contratos de prestação de serviço. Estima-se que, caso a paralisação perdure por mais tempo, ou seja, definitiva, o prejuízo anual ultrapasse R$ 300 milhões no município.
Os dados são do vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) na Serra, José Carlos Zanotelli. Segundo ele, mais de 80% desse montante é baixa no faturamento das indústrias que fornecem diretamente à mineradora nas áreas de metalmecânica, manutenção mecânica, construção civil e manutenção predial. O restante são prejuízos de empresas nas áreas de alimentação, uniformes, logística, material de construção, entre outros.
Hoje existem cerca de 1.800 indústrias na Serra e cerca de 10% possuem contrato com a Samarco. “Em decorrência da paralisação, além da perda financeira, concluímos que cerca de 350 trabalhadores foram demitidos das prestadoras de serviços”, afirma Zanotelli.
Uma das empresas serranas prejudicadas foi a Transportadora Martins, responsável há quatro anos pelo transporte de carga geral fracionada da Samarco para Anchieta, como peças, máquinas e equipamentos de baixo volume e peso. Segundo o presidente da empresa, Ulisses Martins Cruz, as operações já foram suspensas e a empresa deixa de ganhar cerca de R$ 1 milhão por mês. “É algo que temos que entender e aguardar a solução dos problemas para retomar a prestação de serviços”, disse Cruz.
A suspensão dos contratos também deve refletir nos cofres públicos. Com base na estimativa da Findes, o secretário de Desenvolvimento Econômico da Serra, Erly Vieira, prevê impacto negativo de R$ 40 milhões em impostos, o que significa 5% do total de arrecadação do município. “Isso vai pesar na hora de investir em áreas como saúde, educação e segurança. É um montante considerável e totalmente necessário”, destacou Vieira.
Contratos podem ser retomados no último trimestre
A Samarco apenas suspendeu temporariamente os contratos com as empresas da Serra, não encerrou. De acordo com o vice-presidente da Findes/Serra, José Carlos Zanotelli, essa situação permanecerá até que as atividades da empresa sejam retomadas. “A mineradora repactuou com os fornecedores da cidade na expectativa de voltar no último trimestre de 2016. Estamos apostando nisso, pois a Samarco é de extrema importância para a economia regional”, disse.
Por meio de nota, a Samarco informou que ainda continua priorizando as ações de mitigação do acidente de Fundão. Entretanto, a empresa argumenta também que a retomada dos negócios é essencial para que possa voltar a produzir e, assim, cumprir as suas obrigações perante a sociedade. “A Samarco mantém contato com seus fornecedores, para alinhá-los sobre a situação atual da empresa”, explica.
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