A possibilidade de retorno às aulas presenciais nas escolas em setembro na rede pública estadual e o desejo (e necessidade) da rede particular em voltar a receber os estudantes em seus estabelecimentos, tem gerado apreensão a muitas famílias. É compreensível, afinal, a epidemia da covid – 19 está longe de ser controlada no país.
E mesmo com o Espírito Santo tendo reduzido um pouco a taxa de transmissão e o número de mortes, a quantidade de óbitos segue acima dos 20 casos diários. Na Serra, cidade com maior quantidade de mortos pela doença no Estado, a situação segue complexa. Por enquanto a rede de educação do município, com seus mais de 60 mil alunos, não arrisca previsão de retorno.
Enquanto isso gestores das redes estadual e privada vêm anunciando medidas para tentar reduzir os riscos de transmissão no ambiente escolar. Mas a grande dificuldade é a própria natureza das escolas. A começar pela estrutura física, que em grande parte das instituições de ensino facilita a disseminação de doenças de transmissão respiratória como a covid-19.
Salvo exceções, a arquitetura das escolas lembra a de presídios e isso não ajuda na circulação do ar. As salas de aulas são ambientes fechados onde crianças e adolescentes ficam confinados, por horas, com seus professores. Banheiros, bebedouros e lavabos são compartilhados. Áreas de alimentação, idem. Além das salas de aula, há aglomeração de alunos durante a entrada, a saída e o recreio.
E tem o aspecto comportamental. Crianças e adolescentes interagem o tempo todo. Se abraçam. Dividem lanche e materiais pedagógicos. Até brigam, às vezes. Professores, coordenadores e auxiliares usam muito a voz na lida com os estudantes. E não raro precisam elevar o tom para se fazerem ouvir. Há muito barulho nesses ambientes, o que também leva os alunos a falar alto. Haja chuva de gotículas.
Sem contar a aglomeração no transporte escolar. Muitas famílias, por falta de dinheiro ou tempo, não poderão levar seus filhos de carro. Há ainda os estudantes que irão se deslocar de ônibus de linha, um risco extra.
Quem defende o retorno das aulas argumenta que a obrigatoriedade do uso de máscaras, redução do número de alunos com alternância de presença, restrições na hora do lanche e recreio, além da proibição de atividades esportivas, dentre outras ações, podem criar um ambiente seguro.
Mas como garantir que crianças e adolescentes, principalmente os mais novos, vão usar corretamente as máscaras? Será que vão limpar as mãos com frequência? Haverá estrutura para higienização constante de banheiros? Como as pessoas vão se alimentar e beber água com segurança? Escolas terão condição de medir temperatura dos profissionais e alunos todos os dias? Se tiverem, como identificarão os portadores assintomáticos do vírus?
A dificuldade em achar respostas a essas perguntas mostra o tamanho do desafio. Para a ciência, é até possível que se reabram as escolas em locais em que haja baixa incidência da doença – o que no momento não é o caso do Brasil, do ES e da Serra. Mas desde que seja acompanhada de rígido isolamento social em outras frentes, além de testagem em massa e rastreamento de contatos. Coisas que também não estão acontecendo por aqui. Considerando isso tudo, levar crianças e adolescentes para escola enquanto não existir vacina é brincar de roleta russa.
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