Por Conceição Nascimento
O projeto de lei de reposição salarial dos servidores anunciado pelo prefeito Audifax Barcelos (PSB) encontra resistência na Câmara e no funcionalismo. O percentual anunciado, 9,26%, em três parcelas (2% em junho; 3% em novembro e 4% em abril/2016) causou insatisfação.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Serra (Sermus), Oswaldino Marinho, disse que realizará audiência na Câmara da Serra. “Queremos rever o percentual. O aumento também deve ser no auxílio-alimentação”, resumiu.
Do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sindiupes), Eduardo Coelho, disse que os professores não concordam com a proposta. “Não incorpora nem o índice de inflação de 2014, que foi de 6.22%, e nos ofereceu 5%, parcelado e fora da data base, que é maio. Teremos assembleia no próximo dia 19 (terça-feira), em Carapina”, informou.
O projeto atende ainda a reivindicação dos agentes de endemias e de saúde, ao equiparar o salário ao piso nacional, de R$ 1.014. Segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde), Geisa Pinheiro, havia um entendimento de negociar um percentual. “Mas fomos surpreendidos com a proposta pelo Executivo, sem que pudéssemos ter uma contra proposta”, disse.
O vereador Antônio Boy (PSB), que é secretário da Mesa, é reticente se a proposta irá ao plenário na próxima sessão, segunda-feira (18). “Teremos uma reunião na segunda-feira, às 13h, com representantes de sindicatos, para conhecer a proposta destes órgãos e, se houver acordo, colocar o projeto em votação”, disse.
O projeto chegou à Câmara da Serra no final da tarde de segunda-feira (11). Nas sessões ocorridas na segunda (11) e na quarta-feira (13) as galerias estavam lotadas de servidores da prefeitura.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Serra, o município está atento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e por isso definiu o reajuste gradativo. Com o percentual de 9,26%, a folha de pagamento sofrerá impacto total de R$ 14.850 milhões até abril de 2016.