A Rede não quer se contentar em ser coadjuvante na eleição da Serra e promete fazer um trabalho grande para dar visibilidade ao seu pré-candidato a prefeito e se tornar um dos protagonistas do processo eleitoral. A Serra é o berço do partido no ES e a sua militância não acha justo, depois de tanto trabalho para difundir a sigla, abrir mão desse legado em favor de outra candidatura majoritária, principalmente se essa candidatura estiver em um campo oposto aos preceitos ideológicos da legenda.
Essas afirmações são do porta-voz municipal do partido Silas Maza, que destaca que a Rede, em sua primeira eleição estadual, em 2018, elegeu o senador Fabiano Contarato e um deputado estadual, Alexandre Xambinho – que por questões eleitorais, migrou para outro partido.
Silas disse que a sigla agora se prepara para sair fortalecido das urnas em 2020, elegendo um bom número de vereadores, prefeitos e vice.
‘A Serra, pela sua história com a Rede, não pode deixar de ter candidato a prefeito da Serra, que será o vereador Fábio Duarte, recém chegado ao partido e eleger uma boa bancada de vereadores, na Câmara’, destaca Silas Maza.
O senhor está dizendo que a militância do Rede não admiti o partido não ter candidato a prefeito na Serra e citou que será o vereador Fábio Duarte. Ele acabou de chegar no partido, essa militância irá abraça-lo?
Vai sim. O fato dele ter filiado agora no início do mês não retrata a relação dele com o prefeito Audifax e com a Rede. O Fábio, desde o momento que assumiu o mandato de vereador, em 2017, tornou-se aliado do prefeito na Câmara e ao se tornar aliado do prefeito nós da Rede nos aliamos a ele. Mesmo ele ainda no PDT, formávamos um tripé em favor da Serra.
No meio político, a candidatura dele é tida como ‘um barro na parede’; se colar, colou. Caso contrário ele será vice de Amaro Neto…
Não é o que a militância do Rede pensa, o partido tem um trabalho muito grande na Serra e o prefeito melhor avaliado da Grande Vitória, porque vamos entregar isso nas mãos de outro candidato? Nós vamos brigar para a manutenção desse espaço, Fábio é jovem mas tem grande capacidade de gestão, é responsável e comprometido com a continuidade de uma gestão séria e transparente. Não tem esse negócio de barro na parede e nem de ser vice de ninguém.
O senhor acha que o Fábio tem estatura para ser prefeito da Serra?
Claro que tem. Ele vem de uma família que sempre trabalhou em prol da Serra, tem equilíbrio emocional, tem inteligência, conhece a cidade, faz um excelente mandato de vereador, é uma pessoa ética e tem maturidade e sabedoria suficientes para realizar um bom mandato.
Não falta a ele experiência administrativa e de gestão?
Quando o Sérgio Vidigal ganhou a sua primeira eleição de prefeito, em 1996, ele tinha a experiência de um mandato de vereador e de um ano como sub-secretário de Estado da saúde, mal sentou no cargo e já teve que levantar. Se considerarmos que o Fábio teve experiências em cargos públicos federal e tem um mandato de vereador, ele se equipara a Vidigal, que fez um primeiro mandato bom. No terceiro mandato é que fez muita lambança.
Ele sai atrás dos outros pré-candidatos que estão em pré-campanha há algum tempo. O que fazer para recuperar o tempo perdido?
Tudo hoje é muito rápido, você produz um conteúdo agora, joga ele nas redes sociais e nos meios de comunicação e no mesmo instante ele está disponível nos quatro cantos da cidade. Nós vamos andar muito e apresentar para a população um plano de governo que avance nas conquistas que o prefeito Audifax alcançou para a Serra nesses oito anos de mandato. Vamos propor uma cidade mais inteligente, sustentável, humana, uma gestão mais moderna e participativa.
