A paralisação de mais uma mina da Vale na esteira do rompimento da barragem de Brumadinho em Minas Gerais, deve afetar a economia da Serra. Isso porque a cidade, além de abrigar parte das operações da empresa em Tubarão, possui uma série de negócios que faz parte da cadeia produtiva do aço e a determinação do Ministério Público de Minas Gerais de paralisar as atividades da empresa na mina de Brucutu, MG, vai atingir as operações da Vale no Espírito Santo.
Para o prefeito da Serra, Audifax Barcelos, o impacto vai acontecer. “Somos muito dependentes da Vale, economicamente falando, por tabela. A paralisação de sua principal mina tem impacto na Serra sim, menor do que em Vitória, do ponto de vista direto da Vale, mas aqui muito em função da cadeia que tem relação com a Vale, como empresas que estão na nossa cidade. Por exemplo, a Arcelor precisa do produto da Vale, e outras também”, disse.
Por sua vez, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do ES (Sindifer), Lúcio Dalla Bernardina, disse que ainda não sabe como a redução da produção da Vale pode afetar o setor, que tem na Serra um de seus principais parques industriais no ES. “A intenção é aguardar os próximos dias para acompanhar o desenrolar dos fatos”.
A Vale é uma empresa de grande importância para a economia capixaba. Em 2018, a participação da empresa na composição do PIB capixaba foi de 13% e quase 11 mil empregos, entre próprios e terceirizados, eram ligados a ela.
De acordo com o relatório anual da empresa, em 2017 o porto de Tubarão exportou 102,2 milhões de toneladas de minério e pelotas, segundo relatório anual da Vale. Em nota, a empresa disse que o impacto estimado da paralisação temporária da barragem de Laranjeiras na mina de Brucutu (complexo de Minas Centrais) é de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Ou seja, o equivalente a 30% do que passa pelo porto capixaba.
A mina de Brucutu é uma das que compõem as Minas Centrais, que em 2017 produziram 37,6 milhões de toneladas. A Vale possui quatro Sistemas de mineração. Um deles é o Sistema Sudeste, composto pelo complexo de Itabira (duas minas, com três usinas principais de beneficiamento), Minas Centrais (duas minas, com duas usinas principais de beneficiamento e uma usina secundária) e Mariana (três minas, com duas usinas principais de beneficiamento). A ferrovia EFVM liga essas minas ao porto de Tubarão.
Mineradora vai recorrer da decisão de fechamento de mina
Sobre os possíveis impactos nas operações da empresa no Espírito Santo e na Serra, a Vale não detalhou. Mandou a seguinte nota: “Em consequência da suspensão de produção na mina de Brucutu, a Vale informa que está declarando força maior em uma série de contratos de venda de minério de ferro e de pelotas correlatos.
A Vale reforça seu entendimento de que não existe fundamento técnico ou avaliação de risco que justifique a decisão de suspender a operação e está adotando as medidas judiciais cabíveis para retomar suas operações o mais rápido possível”.
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