Está quase na hora da onça beber água. Daqui pra frente o calendário eleitoral das eleições municipais vai exigindo tomadas de posições. Embora a reforma “Mandrake” do Congresso para as eleições mais confunda que explique, algumas coisinhas ficarão fora do lugar.
Prazo de comprovação de domicílio e de filiação partidária, por exemplo, sofreram alterações, e dois de abril do ano que vem agora é data fatal. Convenções em julho com registro até o quinto dia de agosto. Campanha eleitoral do tipo minissaia, curtíssima: quarenta e cinco dias e menos investimentos extraeleitoral. Quer dizer, empresarial. Só vale se for de cepeefe.
Adiada pra março-abril, a “dança das cadeiras” ou “janela da infidelidade” ou ainda “a escapadinha”, que será a permissão para novo alinhamento da filiação partidária de atuais vereadores, promete agitar o plenário. Ampliadas para trinta e quatro, as siglas dos partidos políticos comporão o mosaico à disposição dos nobres edis.
Mas significativa mudança ocorre mesmo na cadeira do Chefe do Executivo Municipal. O prefeito Audifax, inquieto com as diferenças travadas entre o ex e o atual governador, procura refúgio na recém-autorizada Rede Sustentabilidade, para eximir-se desta disputa extracampo.
Buscando a reeleição, ele calcula o risco de distanciar-se do PSB, por onde disputou e venceu suas duas últimas eleições; e agora, entrincheirado numa sigla aliada nacionalmente aos socialistas, espera novo flerte, se não no primeiro, talvez no segundo turno, caso isso pela primeira vez se desenhe na Serra. E na hipótese de se não os dois, um deles esteja lá.
E isso tudo acontecendo e o povo aqui na praça, dando milho aos pombos.