Categories: Meio Ambiente

Remédio no lixo e no esgoto é risco ambiental

Por Thiago Albuquerque

A articulação das instituições fazem parte da Campanha Contra a Automedicação e Descarte Inadequado de Medicamentos. Foto: Divulgação

O descarte inadequado de medicamentos no lixo doméstico e no esgoto doméstico é um problema nacional. A Serra e os demais municípios da Grande Vitória não fogem à regra.

Para tentar encontrar uma solução representantes de instituições capixabas buscam entendimento com a indústria farmacêutica e com as grandes redes de farmácia visando implantar a venda fracionada de medicamentos.

A articulação envolve o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES) a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag-ES), a Agência Brasileira de Gestão Social e Tecnologia (Abrages), a Comissão de Saúde da OAB-ES, a Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável em Medicamentos, Farmácias, Laboratórios e Descartes (Inbramed) além do Vitória Apart Hospital.

O presidente do conselho administrativo do Vitória Apart, Marcos Vinícius Tanure, disse que o grupo deverá fazer uma reunião com representantes de indústrias farmacêuticas para apresentar solução e prazo quanto ao descarte inadequado de medicamentos.

“Para isto é preciso que as grandes redes de farmácia façam a venda fracionada de remédio. Assim paciente leva para casa apenas a quantidade que está receitada, evitando jogar o que sobrou no lixo ou esgoto”, frisa.

Tanure acrescenta que as instituições também pedirão à indústria e as revendedoras de remédio que façam campanha educativa junto à população.  O diretor defende ainda que se as medidas forem adotadas também haverá redução da automedicação.

No último dia 21 de novembro representantes das entidades que participam da articulação se reuniram no Vitória Apart. Na ocasião participaram também as empresas Arcelor Mittal Tubarão, Unimed Vitória e Marca Ambiental, Esta última possui um aterro sanitário em Cariacica que recebe o lixo da maior parte da Grande Vitória (incluindo o lixo de toda a Serra).

Consequências
Medicamentos descartados no esgoto doméstico são persistentes no meio ambiente e não são removidas por completo nos processos de tratamento convencional nas estações de tratamento de esgoto.

Antibióticos, hormônios, anestésicos, anti-inflamatórios, entre outros, foram detectados no esgoto doméstico, em águas superficiais e de subsolo em vários países.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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