Vários montes de resíduos numa área de preservação entre os rios e manguezais formados pelas águas das lagoas Juara e Jacuném. Este é o resultado da dragagem do rio Jacaraípe. Essa paisagem ‘lunar’ pode ser vista por quem passa em frente ao trevo de acesso à Serra-sede no contorno de Jacaraípe.
A obra de dragagem e alargamento do rio, cujo objetivo é reduzir os alagamentos na região de Jacaraípe, é da Prefeitura e estão sendo feitas pela empreiteira Ônix ao custo de R$ 10,5 milhões (R$ 3 milhões do município e o restante da União).
O coordenador de Governo do município, Jolhiomar Massariol, garantiu que os resíduos serão tirados do local. Ele disse ainda que as matas ciliares e manguezais devastados pelas obras serão recuperados. Mas observou que o custo dessas ações não está incluído no orçamento da dragagem.
A dragagem chegou a ser embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por afetar sambaquis – sítios arqueológicos formados por conchas e outros utensílios usados por índios no passado. E ativistas da região de Jacaraípe temem novos danos.