Retirada de Castanheiras divide opiniões em Manguinhos

A árvore é uma espécie exótica que gera dano na vegetação nativa e acaba facilitando erosão na faixa costeira

por Anderson Soares

O morador Teodiano Bastos é contra a retirada das castanheiras. Foto: Fábio Barcelos

A retirada de castanheiras no bairro Manguinhos está dividindo a opinião dos moradores. No local, há quem apoie o trabalho da Prefeitura, mas há também quem questione o serviço, reclamando que o Executivo nunca plantou uma árvore na região.

“Manguinhos virou um cemitério de tocos de árvores decepadas e não se tem conhecimento de que a Secretaria de Meio Ambiente tenha plantado uma árvores na Comunidade”, afirmou Theodiano Bastos, que mora no bairro há 31 anos.

Theodiano conta ainda que a principal avenida do bairro, August Saint Hilaire, teve 100% das árvores decepadas.

Já a ex-presidente da comunidade, Ieda Freitas, disse que a retirada das árvores está sendo feito por etapas e cumpre apenas o que foi estabelecido no Plano de Recuperação de Área Degradas (Prad), elaborado por ambientalistas preocupados com a recuperação da vegetação nativa.

Segundo Ieda, a presença das castanheiras resulta em erosões do solo, já que faz com que as áreas de restinga sejam devastadas. “É importante ressaltar que esse trabalho que está sendo feito foi anunciado por diversas vezes durante a nossa gestão, muitos moradores infelizmente esquecem”, alfinetou Ieda.

Em nota, a Prefeitura da Serra informou que o município cumpre um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto ao Ministério Público Estadual, que determinou a retirada das árvores exóticas da faixa da praia, para posterior recuperação de restinga.