Por Ayanne Karoline
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF. O nome grande assusta e com razão. Se aprovado pelo Congresso, o retorno do imposto vai encarecer as transações financeiras. Para fazer saques, transferências, pagamentos, por exemplo, uma taxa será cobrada.
Prestadores de serviço e comerciantes deverão repassar esse custo extra em seu serviço. A proposta, de autoria do Governo Dilma Roussef (PT), foi encaminhada ao Congresso Nacional no último dia 22 de setembro. E prevê alíquota de 0,2% sobre as movimentações.
“Se você vende, compra, revende ou investe, será cobrado. Toda a cadeia produtiva sofrerá. É bom destacar que esse imposto é fixo, ou seja, tem valor igual para todos. É diferente do Imposto de Renda, por exemplo, que é de acordo com a renda”, explica o vice-presidente da Findes na Serra, José Carlos Zanotelli.
Se a alíquota de 0,2% for aprovada, de acordo com o consultor financeiro e economista Jair Dias, que quem ganha um salário mínimo, R$ 788, já terá descontado R$ 1,50 ao sacar o dinheiro.
“A dica é comprar quando tiver dinheiro, evitando operações com cartões de crédito, débito ou cheques. Lembrando que quando o dinheiro está na poupança não incide a CPMF, apenas quando ele é movimentado”, destaca Dias.
Caso seja aprovado, o novo imposto deverá impactar de forma relevante a Serra, que é uma cidade com bom volume de prestação de serviço. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico da Serra, Erly Vieira, lojistas e a indústria serão os mais afetados, além do consumidor.
Para o deputado federal capixaba Lelo Coimbra (PMDB), o governo não terá facilidades para provar a medida no Congresso. “Mesmo não tivesse essa crise política, seria difícil. Ainda falta passar pelas comissões da casa e creio que não irá ser aprovada. Pessoalmente, sou contra a CPMF manterei essa postura”, garante.