Segue muito cheio o rio Santa Maria nesta terça-feira (19). O TEMPO NOVO esteve no local onde a Cesan capta a água que abastece a cidade e fez um vídeo da situação.
Além do grande volume de água, chama atenção a cor barrenta do líquido. Resultado das chuvas associadas a degradação ambiental, como desmatamento, estradas vicinais com drenagem ruim, aterros, cortes de platôs sem controle de erosão.
Há anos o excesso de barro durante fortes chuvas atrapalha o abastecimento de água.
Tanto que, no último dia 15, a Cesan interrompeu a captação, tratamento e distribuição do líquido para Serra, zona norte de Vitória, Praia Grande em Fundão e bairros de Cariacica. Mais de 600 mil pessoas foram afetadas.
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O abastecimento, segundo a Cesan, só retornou no final do dia 16. Mas houve lugares da Serra que chegaram a ficar 4 dias sem água, caso de um condomínio entre Feu Rosa e Praia da Baleia.
O rio também é o principal fornecedor de água ao Complexo de Tubarão (Vale e ArcelorMittal Tubarão).
Se na época das chuvas o problema é o barro, na estiagem é a baixa vazão do Santa Maria. Tanto que, nos últimos anos, é comum a Cesan captar praticamente toda a água do leito do rio, não deixando descer quase nada para os manguezais do Lameirão, na baía de Vitória.
Na superseca entre 2014 e 2016, a situação ficou tão ruim que teve dia em que nem para rodízio a água do Santa Maria foi suficiente. Aí o Governo do ES e Cesan construíram captação do rio Reis Magos, para reforçar a oferta de água na Serra.
Porém o Reis Magos tem problema de salinização na época de estiagem.