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Risco da extinção de peixes ameaça moqueca capixaba

O prato típico do Espírito Santo depende de gestão eficiente dos recursos pesqueiros. Foto; DivulgaçãoO prato típico do Espírito Santo depende de gestão eficiente dos recursos pesqueiros. Foto; Divulgação
O prato típico do Espírito Santo depende de gestão eficiente dos recursos pesqueiros. Foto; Divulgação

Renato Ribeiro

O risco da extinção de diversos peixes, entre eles o cação o badejo, o pargo e a garoupa, podem atingir em cheio um dos principais pratos do ES: a moqueca capixaba. É que a população dessas espécies vem caindo no litoral brasileiro, o que vem levando o Governo Federal a tentar proibir a pesca de algumas delas.

O assunto deve continuar gerando polêmica. A portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicada em dezembro de 2014 que previa a proibição da pesca de 475 espécies de animais aquáticos, está suspensa, após pressão do setor pesqueiro e também do Ministério da Pesca.  Mas a intenção do Governo é coloca-la em vigor até dezembro.

Para o analista ambiental e especialista em pesca do Instituto Chico Mendes (ICMBio) no ES, Nilamon de Oliveira Leite Júnior, a melhor medida de conservação para as espécies seria a proibição. “Como a pesca é uma atividade econômica importante, isso deveria ter sido levado em consideração por parte do MMA, prevendo um plano de manejo para algumas espécies menos ameaçadas para controle da pesca sobre as mesmas” pondera.

O presidente da Associação de Pescadores de Jacaraipe (ASPAJ) e da Federação de das Associações de Pescadores do ES (Fapaes) Manoel Bueno dos Santos, reclama da forma como foi conduzida pelo MMA a criação da portaria até sua publicação.

“Em nenhum momento nossa categoria foi procurada para o diálogo. O Ministério do Meio Ambiente simplesmente quis empurrar a portaria goela abaixo do pescador, descumprindo assim o que está previsto em lei e sem pensar no impacto econômico que isso iria causar à nossa categoria. Nem mesmo o Ministério da Pesca foi consultado, o que é um verdadeiro absurdo”, critica.

Outro setor que pode ser impactado é o dos restaurantes. “Hoje 98% das moquecas que saem do nosso restaurante são de badejo e cação. Não dá para imaginar a existência do restaurante caso haja essa proibição”, afirma Geraldo Alves, dono do restaurante Enseada Geraldinho em Manguinhos.

Redação Jornal Tempo Novo

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