Um robô será utilizado para realizar a limpeza de lagoas de estabilização em Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) na Serra. Por meio da tecnologia, tem-se o aumento da capacidade hidráulica para o tratamento de esgoto e uma melhora na eficiência do serviço. Para as operações, que terão início na primeira quinzena de outubro, a Ambiental Serra e a Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) investiram R$ 700 mil.
As lagoas de estabilização são constituídas de forma simplória, onde a água residual entra em uma extremidade, passa um longo tempo de detenção dentro do espaço e sai pela abertura oposta. Elas são locais para o tratamento de efluentes com o objetivo de reter a matéria orgânica presente no esgoto, também chamada de lodo, que precisa ser removida quando se torna saturada no ambiente, o que acontece, geralmente, a cada 5 anos.
O robô, dessa forma, é utilizado para retirar o lodo acumulado. De acordo com Isabelly Gonçalves, coordenadora operacional da Ambiental Serra, ele se desloca com facilidade pelos locais mais difíceis do espaço e é muito proveitoso. “O robô Anfíbio, de patente da Tommasi Ambiental, permite o deslocamento por todo o ambiente (água, lodo, terra), realizando a limpeza de maneira mais segura e produtiva, sendo possível dragar material com uma concentração de sólidos de até 20% e remover vegetações flutuantes, enraizadas e submersas”, explicou a profissional.
O serviço, que é executado de 15 a 45 dias, será feito nas lagoas de estabilização das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) ETE Valparaíso, ETE Jacaraípe e ETE CIVIT II, localizadas na Serra. É válido ressaltar que essa tecnologia já foi empregada pela Ambiental Serra antes, entre os anos de 2017 e 2019. Durante as ações, foram retiradas mais de 34 mil toneladas de lodo de sete lagoas em operação.
Parceria público-privada com a Cesan
A Ambiental Serra firmou, desde 2015, uma parceria público-privada (PPP) com a Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) a fim de realizar a implantação e a manutenção do sistema de esgotamento sanitário da Serra. Por meio dessa união, a cobertura das redes de esgoto no município saltou de 58% para 90%, com 1,2 bilhão de litros de efluentes sendo tratados por mês.