Os rodoviários não obedeceram a decisão Judicial de colocar 70% da frota dos ônibus do sistema Transcol nas ruas durante a greve geral que está acontecendo nesta sexta-feira (14). A afirmação é do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) que disse que em alguns momentos dessa manhã apenas 50% da frota estava circulando.
A liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) obriga o Sindirodoviários a colocar 70% dos ônibus em circulação durante os horários de pico – compreendidos entre 6h e 9h da manhã, bem como das 17h às 20h – e 50% dos coletivos em horários normais. Mas de acordo com o GVBus, durante a manhã (de 6h e 7h), a média foi de 50% da frota nas ruas, já no período das 7h e 8h, a média era de 66%.
Já das 8h até as 10h, os rodoviários teriam colocados 74% da frota nas ruas. Em nota, a GVBus não informou se irá tomar alguma medida contra o descumprimento da liminar, mas afirmou que “devido a vários pontos de bloqueios de vias, algumas linhas tiveram a operação comprometida e com atrasos causados pelo trânsito”.
Segundo a liminar concedida na quarta-feira (12), se o Sindirodoviários não cumprir a decisão, será aplicada multa diária no valor de R$ 200 mil reais. O TEMPO NOVO tentou contato com o Sindirodoviários para que o sindicato comente sobre o assunto, mas não obteve sucesso.
Pneus de ônibus são furados na Serra
Um grupo de mais de 10 pessoas foi detido pela polícia na Serra pois é suspeito de esvaziar pneus de coletivos na região de Jardim Carapina. A ação aconteceu na manhã de hoje (14). O GVBus disse que foram, pelo menos, três ônibus afetados.
Entenda a greve geral
A greve geral que está acontecendo nesta sexta-feira (14) é contra a reforma da Previdência e o governo Bolsonaro. O movimento está sendo organizado nas principais cidades do país. Na Serra, até a o início da noite de ontem (13), já havia a confirmação da adesão de professores, bancários e rodoviários, conforme os sindicatos de cada categoria.
Durante esta semana, centrais sindicais convocaram diversas categorias a participar do movimento. Além de se opor à Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro, o protesto também é contra os cortes na educação e pede maior geração de empregos, além da retomada do crescimento na economia. O ato também tem apoio dos principais partidos de oposição ao governo.