A senadora Rose de Freitas (PMDB), que é tida como pré-candidata a disputa ao Governo do Estado na eleição do ano que vem, teve seu nome citado pelo operador financeiro Lúcio Funaro. Em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) Funaro afirmou que Rose estaria na lista de parlamentares que supostamente teriam negociado propina com o ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB) entre 2010 e 2016.
Os vídeos com a delação de Funaro foram divulgados no site da Câmara Federal. Lúcio Funaro era uma das pessoas mais próximas à Eduardo Cunha. O delator afirmou que o ex-deputado era uma espécie de “um banco de corrupção de políticos”.
Rose foi citada em dois momentos, o primeiro trata-se de propina ou acomodações em funções estratégicas a partir da influência de Cunha, mas Funaro não esclarece quais benefícios específicos Rose supostamente teria ganhado a partir de Cunha. Na segunda citação, Funaro fala sobre a destinação de recursos administrados por Cunha, seria um fundo de R$ 30 milhões, destinado a campanhas eleitorais em 2014, e relaciona Rose como suposta beneficiária de parte deste fundo, mas não detalha os valores.
Além da senadora capixaba, mais 27 pessoas também tiveram seus nomes relacionados por Funaro ao esquema de corrupção de Cunha, incluindo os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
“Todos esses deputados narrados aqui tiveram negócios com Eduardo Cunha e receberam propina dele. Ou receberam propina do deputado Eduardo Cunha ou receberam relatorias, CPI’s, cargos dentro da Casa, que permitiram a eles auferir renda”, disse Funaro.
O delator Lúcio Funaro segue narrando aos procuradores da PGR a forma como os citados supostamente teriam recebido vantagens indevidas a partir das negociatas com Cunha. “Eles podem ter recebido dinheiro do FI-FGTS (Fundo de Investimentos do FGTS), da presidência de Furnas, da diretoria internacional da Petrobras, das propostas de medidas provisórias ou projetos de leis, de distribuição pela influência política de Cunha de relatorias ou comissões de CPI’s”.
No segundo momento, o delator Lúcio Funaro relata como funcionava um “fundo de R$ 30 milhões” administrado por Cunha. Segundo Funaro, a senadora capixaba seria umas das beneficiadas com estes recursos. O delator explica que este fundo seria para ajudar em campanhas eleitorais de parlamentares no ano de 2014, estes parlamentares eram tidos como “estratégicos” para os planos políticos de Eduardo Cunha.
Ao citar alguns nomes de beneficiados com o fundo, Funaro afirma: “Ele (Cunha) deve ter dado alguma ajuda para a campanha de Rose de Freitas no Senado”. Porém o delator não fala sobre valores específicos. Sobre a origem destes R$ 30 milhões, Funaro explica que R$ 10 milhões seriam diretamente de sua responsabilidade e os outros R$ 20 milhões seriam provenientes da JBS.
O outro lado
A assessoria de imprensa da senadora emitiu nota. Veja na íntegra:
A senadora foi eleita para o Senado em 2014, assumindo o mandato em 2015. Por óbvio, não votou para a Mesa da Câmara em 2015. Portanto, não teve influência na eleição do deputado Eduardo Cunha à presidência da Câmara.
A frase usada pelo delator ao se referir à senadora (“ele deve ter dado alguma ajuda para a campanha”), além de carecer de qualquer indicativo de prova, revela uma afirmação vaga, inconsistente e frágil.
Além disso, em nenhum momento o delator indica valores ou eventual contrapartida. Simplesmente porque não existiram.
Por fim, a senadora reitera que não recebeu qualquer tipo de “ajuda” nem teve “negócios” com o ex-deputado.
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