Na tarde desta quinta-feira (16), Luiz Henrique Mandetta anunciou sua demissão pelo presidente Jair Bolsonaro do cargo de ministro da Saúde. A mudança brusca no comando do Ministério em meio à pandemia do coronavírus não agradou muitas lideranças políticas. Uma delas é o senador capixaba Fabiano Contarato (Rede). Ele afirmou que Mandetta foi demitido por “capricho de um capitão”.
Para Contarato, o ministro foi demitido por não fazer a vontade do presidente. “Em meio à pandemia do novo coronavírus, o presidente decidiu exonerar o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Saiu por não fazer o que o presidente gostaria que fosse feito. Saiu por capricho de um capitão”, afirmou o senador em suas redes sociais.
Mandetta e o presidente Jair Bolsonaro já vinham divergindo sobre os caminhos para o combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19). O ministro se alinhava às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela adoção de um isolamento social mais forte, enquanto o presidente vinha defendendo a abertura do comércio como forma de evitar impactos na economia.
Contarato ainda afirmou que a situação do Brasil nesse momento é crítica e cobrou o Governo Federal. “O momento é crítico. Exigimos que o Ministério da Saúde se paute pela ciência e não pela conveniência”.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou o médico Nelson Teich como novo ministro da Saúde, no lugar de Luiz Henrique Mandetta, que ficou pouco mais de 16 meses no cargo. Teich assume o cargo em meio à pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 30 mil pessoas no país, levando cerca de 1,9 mil pacientes a óbito.
Em um pronunciamento no Palácio do Planalto, ao lado do novo auxiliar, Bolsonaro ressaltou que é preciso combinar o combate à doença com a recuperação econômica e garantia de empregos, e defendeu uma descontinuidade gradativa do isolamento social em vigor em todo o país.
“O que eu conversei com o doutor Nelson é que gradativamente nós temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar presa dentro de casa, e o que é pior, quando voltar, não ter emprego. E o governo não tem como manter esse auxílio emergencial e outras ações por muito tempo”, afirmou.
De acordo com Bolsonaro, houve um “divórcio consensual” entre ele e Mandetta, e destacou que o ex-ministro “se prontificou a participar de uma transição a mais tranquila possível, com a maior riqueza de detalhes que se possa oferecer”.
Com informações da Agência Brasil...
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