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Samarco recebe licenças e anima empresários da Serra

 

Num cenário mais otimista, há possibilidade de retorno da produção a partir do segundo semestre de 2018. Foto: Divulgação

Clarice Poltronieri

A Samarco (Vale + BHP) deu um passo importante para retomar as suas atividades. A empresa conseguiu esta semana as licenças prévias (LP) e de instalação (LI) para jogar resíduos da extração de minério de ferro na Cava de Alegria Sul, em Ouro Preto-MG. As licenças foram aprovadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) e aumentaram a expectativas de empresas da Serra que prestam serviço ou são fornecedoras da Samarco em Anchieta, sul do ES. 

Num cenário mais otimista, há possibilidade de retorno da produção a partir do segundo semestre de 2018. De acordo com a assessoria de imprensa da mineradora, as licenças obtidas autorizam o início das obras na cava onde futuramente serão depositados os rejeitos de minério.

Essas obras devem durar seis meses e só após a conclusão das mesmas é que a Samarco deve conseguir a Licença de Operação da cava e a conclusão do Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano, em Mariana e Ouro Preto, para retomar a produção. Em Germano fica a extração do minério.

A assessoria disse que o retorno da produção a partir de meados do ano que vem só será possível se não houver nenhum atraso nas obras da cava e na emissão das demais licenças, o que impede a empresa de especular uma data para retomada da produção.

A assessoria acrescentou que, assim que forem cumpridas todas as exigências, a empresa vai retomar as atividades com 26% da capacidade produtiva.

Na Serra, é grande a expectativa do retorno das atividades da mineradora. É que muitas prestadoras de serviço para a fábrica de Anchieta fica na cidade.

Segundo o presidente da Associação do Empresários da Serra, Djalma Quintino Neto, só o anúncio das primeiras licenças já melhora o clima econômico.”Mesmo sabendo que ela precisa se responsabilizar pela tragédia, a Samarco é essencial para nossa economia. Esperamos que seu retorno ocorra logo”, fala.

Desde a paralisação da produção em Anchieta, em novembro de 2015, a Serra já perdeu cerca de R$10 milhões de quota parte de ICMS e R$3,5 milhões de ISS. E entre as empresas da cidade, deixou-se de gerar cerca de R$600 milhões em negócios, especialmente na metalmecânica e metalurgia.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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