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Seca faz Fíbria gastar contra incêndio em plantio de eucalipto

 

Incêndio em Eucaliptal no sul da Bahia em dezembro do ano passado: prejuízo para a indústria de celulose. Foto: Divulgação / Atos Notícias

Ayanne Karoline

O clima seco e as altas temperaturas que não deixam o Espírito Santo há quase três anos já mudam a pauta de investimentos das grandes empresas. É o caso da Fibria, que acaba de anunciar gastos para combater incêndios em suas plantações de eucalipto. Entre as medidas, um sistema de videomonitoramento com oito câmeras e novos caminhões pipa para atender ocorrências.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), apontam que no Espírito Santo foram registrados em 2015 mais de 1 mil focos de incêndio, quase quatro vezes acima da média histórica, que é de 319 focos anuais. As plantações de eucalipto da Fíbria, que são matéria prima para a produção de celulose branqueada, se estendem de Jacaraípe em direção ao norte do ES, até o extremo sul da Bahia.

A empresa não informou o valor do investimento, mas estima-se que seja expressivo, já que trata-se de uma tecnologia pioneira. Os veículos são adaptados com sistema gerador de espuma com ar comprimido capaz de controlar rapidamente os focos de incêndio. Cada um tem duas mangueiras para combater dois focos distintos.

São10 mil litros de água que cada caminhão carrega, mas com o sistema de espuma, a eficiência é equivalente a um volume de 90 mil litros. Além dos caminhões, a empresa prevê expandir o sistema de monitoramento dos eucaliptais por câmeras de vídeo, cujo alcance de cada uma é de 20 km.

Hoje a Fibria tem oito dessas câmeras na região entre São Mateus e Conceição da Barra e pretende expandir a cobertura até 2017, abrangendo inclusive áreas suas no município da Serra, entre Jacaraípe e Nova Almeida. A intenção da empresa é reduzir em 40% a perda de áreas queimadas com os investimentos.

“A nova estratégia garante mais agilidade e assertividade às nossas operações de combate a incêndios florestais”, observa o gerente de Silvicultura e Viveiro da Fibria, Rodrigo Zagonel.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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