por Anderson Soares
A economia da Serra pode passar por uma estagnação devido à redução no nível de água do rio Santa Maria da Vitória que abastece o município. Se São Pedro não ajudar, a palavra racionamento pode começar a assombrar a todos, inclusive empresas como Vale e ArcellorMittal, que consomem, juntas, um terço do volume de toda água captada no rio.
O temor é que uma baixa na produção provoque uma estagnação, queda na arrecadação e até demissão de trabalhadores.
Carlos Moraes, que atua no controle de custos da Reframax, prestadora de serviços da Vale e ArcelorMittal, disse que ainda não recebeu nenhuma orientação por parte das duas empresas quanto à redução de trabalhadores ou uso dos recursos hídricos.
Ele informou que mesmo assim, a Reframax já decidiu adotar algumas medidas como a troca de torneiras manuais por outras com temporizador; luzes com sensor que se apagam com a ausência humana e uso consciente do ar condicionado.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico da Serra, Everaldo Coledetti, disse que existe um temor quanto aos cortes de funcionários. “Estamos em alerta. A preocupação é de todos, pois afeta diversos setores produtivos”, afirmou.
Everaldo Colodetti ressaltou que esse é um momento de cada cidadão assumir o seu papel de preservar os recursos naturais. Afirmou ainda, que a crise da seca seria uma das pautas a ser discutida na reunião dos secretários, na tarde desta quinta (29).
A reportagem contatou o Sindicato dos Metalúrgicos ES. A assessora de comunicação ficou de repassar um contato, mas até o fechamento dessa edição não houve retorno.
Através da assessoria de comunicação, a Vale informou que está empenhada na otimização do uso de água desde a década de 80, mas não precisou o impacto da redução do abastecimento nos negócios ou da manutenção de empregos.
Já a assessoria da Arcelor Mittal informou que a empresa a partir de julho último reduziu em 5% o uso de água doce, mas também não detalhou quais serão os impactos econômicos com a redução da disponibilidade de água.