Mesmo com as chuvas que vieram em janeiro, a Serra e o ES estão longe de sair da pior crise de água da história. E mesmo que venha mais chuva, o cenário não vai mudar muito, pois foi construído ao longo dos anos, onde a demanda pelo líquido só aumenta enquanto as condições ambientais para gerá-lo só deterioram.
O rio Santa Maria que atende a cidade (parte de Cariacica, Fundão e Vitória também), já deu sinais de insuficiência. Nele a Cesan capta, em média, 2,7 mil litros por segundo. Vazões menores do que isto já têm sido registradas no rio, forçando a Cesan a reduzir a oferta.
O governo agora faz obras para captar 500 litros por segundo do rio Reis Magos. A previsão é que o novo sistema atenda a Serra-Sede e Civit até o fim do ano. Vai ajudar. Mas está longe de ser a solução.
Para buscar ideias e propostas concretas visando maior segurança hídrica nas bacias do Santa Maria e Reis Magos, empresários, agricultores, gestores públicos e ativistas irão se reunir entre os próximos dias 21 e 23 de março no seminário Semeares. Ele acontecerá em quatro cidades abrangidas pelas bacias: Serra, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e Fundão. Espera-se que a cultura da reserva de água seja deflagrada. Não dá mais para dependermos de captações em fios d´água.
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