Tudo caminha para que a Serra tenha seis candidatos a prefeito, podendo até aumentar esse número, caso alguns partidos menores venham de fato a apresentar nomes. Porém, no momento, há seis pré-candidatos na disputa majoritária, a julgar pela movimentação de lideranças e partidos.
O Rede aposta na candidatura de Audifax Barcelos à reeleição; o PSB vem cada dia mais se descolando do prefeito e apostando as fichas no deputado estadual Bruno Lamas; o PT deve tentar resgatar sua auto estima com a candidatura do deputado federal Givaldo Vieira; o PRTB limpou a área para garantir a legenda para o presidente do Sindicato dos Servidores, Osvaldino Luiz Marinho; O PDT mais uma vez tem no deputado federal Sérgio Vidigal a esperança de voltar ao comando do executivo e o PSDB aposta no ex-deputado estadual, Vandinho Leite.
Dos seis, quatro nomes só dependem de si para confirmarem suas candidaturas, que são Audifax, Vandinho e Osvaldino e Givaldo Vieira. Bruno Lamas ainda está envolto a uma série de situações que o fazem ter cautela em tratar do assunto. Já Vidigal não confirma e não desmente que vem. Só garante mesmo que o PDT vai ter candidato na Serra.
O próximo desfecho político é o fim das filiações partidárias para quem deseja disputar um cargo eletivo este ano, que é dia 2 de abril, quando também deverão desincompatibilizar dos cargos, secretários e ordenadores de despesas, que poderão estar disputando cargos de prefeito, vice e vereador.
Enquanto isso, Audifax e Vidigal disputam pau-a-pau quem terá mais partidos. Algumas siglas já podem ser contabilizadas para cada lado. Vidigal e o PDT têm o PTB, DEM, PSC e o PEN já certos. Audifax e o Rede contam com o PP, PV, PTC, PTN, PPS, PMDB. Muitas siglas só definirão o rumo no decorrer do tempo e de acordo com os fatos que irão ocorrendo.
Muita briga, pouca proposta
Alguns fatores externos podem interferir na eleição da Serra. Um desses fatores é o posicionamento do governador Paulo Hartung (PMDB). O que ele vai fazer? Quem ele vai apoiar? Quem ele não quer que ganhe? São perguntas difíceis de responder.
Outro é o ex-governador Renato Casagrande (PSB), que tem um eleitorado muito grande na Serra e é um potencial cabo eleitoral, que também pode influenciar e no resultado da eleição.
O posicionamento do deputado federal Sérgio Vidigal na Câmara Federal também pode ser um fator a influenciar o resultado da eleição. Se ele acompanhar a decisão do seu partido, o PDT, e votar contra a cassação de Dilma e se manter firme apoiando o governo e o PT, pode perder precioso votos e ser derrotado. Caso se oponha à decisão do PDT nacional e vote a favor da cassação e abra mão dos cargos indicados no governo federal, aí sim, Vidigal marca ponto com o eleitorado.
A persistirem todas essas candidaturas, principalmente as de Vidigal e Audifax, a eleição na Serra tem tudo para se tornar uma grande ‘batalha’. Sangrenta, denuncista, odiosa, rancorosa.
Mas ao menos uma constatação unanime pode ser feita neste momento. A seis meses da eleição, nenhum candidato deu demonstração de suas propostas de governo. A preocupação aparente é a de conquistar o poder, ter o poder, exercer o poder; não se viu ninguém até o momento discutir propostas sobre o que fazer para termos uma cidade melhor, menos violenta, com mais qualidade de vida e com mais oportunidades para os seus munícipes.