Por Conceição Nascimento
Após aguardarem por mais de um mês a votação do projeto de lei 78/2015, do reajuste do funcionalismo municipal, servidores da Serra ameaçam entrar em greve, com a possibilidade de paralisação das atividades. Assembleia geral está marcada para a próxima segunda-feira (15), às 9h, no Plenário da Câmara de Vereadores. O prefeito Audifax Barcelos (PSB) propõe o percentual de 9.26% acumulado parcelado em três vezes (2% em junho, 3% em outubro e 4% em abril de 2016). O funcionalismo rejeita.
“Estamos em estado de greve e vamos decidir, vamos deliberar se retomamos as atividades. Apresentamos uma contraproposta para que o benefício seja incorporado integralmente ao contracheque em 2015, já que se trata de correção e não aumento. Temos 18.52% de perdas salariais acumuladas. Reivindicamos ainda ajuste no valor do tíquete-alimentação, de R$ 300 para R$ 450”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores da Serra, Oswaldino Luiz Marinho.
O projeto foi enviado à Câmara de Vereadores no dia 11 de maio. As discussões sobre a forma de incorporação do percentual ao contracheque dos servidores dividem os vereadores, e o projeto ainda não foi colocado em votação, mesmo com as galerias lotadas de servidores nas últimas sessões.
O presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Câmara, Basílio da Saúde (Pros), solicitou informações para a administração sobre o impacto financeiro do reajuste aos cofres públicos. Informações divulgadas pela prefeitura indicam que o impacto na folha de pagamento, ao final do reajuste (abril/2016), chega a R$ 14,8 milhões. A Prefeitura da Serra tem hoje 10.195 servidores.
Basílio confirmou que recebeu as informações da administração nesta quarta-feira (10). “Vou avaliar as informações, com o auxílio de um contador, e ver se os dados conferem. Posteriormente, vamos apreciar a matéria no plenário”, disse o vereador.
Já o secretário municipal de Administração, Claudio Melo, informou que não é possível incorporar a primeira parcela proposta do reajuste, 2%, em junho. “A Câmara não nos deu condições para fazer o pagamento, pois seguimos um cronograma de fechamento da folha, que vence nesta segunda-feira (15)”, observou o secretário.