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Sem Samarco e sem água, economia do ES encolhe quase 15%

Planta industrial da Samarco em Anchieta, sul do ES: só na Serra, terceirizadas vão perder R$ 350 milhões em contratos até novembro. Foto: Divulgação/SamarcoPlanta industrial da Samarco em Anchieta, sul do ES: só na Serra, terceirizadas vão perder R$ 350 milhões em contratos até novembro. Foto: Divulgação/Samarco
Planta industrial da Samarco em Anchieta, sul do ES: só na Serra, terceirizadas vão perder R$ 350 milhões em contratos até novembro. Foto: Divulgação/Samarco

A combinação paralisação da Samarco (Vale + BHP Billiton), desinvestimentos da Petrobrás e a pior seca da história caíram como uma bomba na economia capixaba, que recuou 14,6% nos seis primeiros meses de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. O número foi divulgado nesta terça-feira (20) pelo Instituto Jones Santos Neves (IJNS), que pertence ao Governo do ES.

Segundo o estudo do IJSN carro chefe de tão profunda recessão na economia capixaba é a queda vertiginosa da indústria extrativa, que no estado tem como principais pilares os setores de mineração/siderurgia e petróleo e gás: recuo de 36% no 2º trimestre deste ano se comparado ao mesmo recorte temporal de 2015.

De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto, a principal responsável é a paralisação da Samarco em novembro de 2015, após o rompimento da barragem de rejeitos da extração de minério de ferro em Mariana – MG. O desastre/crime ambiental provocou a morte de 19 pessoas, destruiu uma cidade, propriedades rurais, contaminou o rio Doce, a maior fonte de água dos capixabas, e ainda poluiu (e continuará poluindo por tempo ainda não determinado) o mar do Espírito Santo.

Mas o tombo da indústria extrativa também foi influenciado pelos desinvestimentos da Petrobrás no ES. Um exemplo é a redução em 90% das atividades do centro de apoio e distribuição de equipamentos à extração de petróleo off shore que a estatal petrolífera mantinha no TIMS na região de Carapina, Serra. A estrutura foi transferida para Macaé, RJ.

Embora não tão radicais quando a indústria extrativa, outros setores também tiveram quedas acentuadas:  14,8% para o comércio varejista;  6,9% para serviços e 3,8% para a indústria de transformação. O IJNS também destaca o desfalque que a pior seca da história do Estado está provocando no setor agropecuário, influenciando no desempenho negativo da economia.

Na comparação com a economia nacional, que também atravessa recessão, o desempenho do Espírito Santo foi bem pior: enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do ES caiu 15% no 1º semestre, o PIB brasileiro encolheu 4,6%.  Se a comparação é entre o 2º semestre de 2015 e de 2016, a economia capixaba recuou 14,6% e a nacional 3,8%.

Mas se o recorte é a comparação entre o 2º e o 1º trimestre de 2016 a retração do PIB capixaba foi de 3,9% enquanto o do país caiu 0,6%.

 

Redação Jornal Tempo Novo

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