Sem Unidade de Saúde, moradores tem que se consultar em bairro vizinho

Por Gabriel Almeida

 

Só na placa. Assim está a obra da Unidade Básica de Saúde de José de Anchieta II que está só na promessa desde o dia 23 de setembro de 2011, dia em que a placa foi colocada pela Prefeitura da Serra no local da construção. Enquanto a obra não “anda” moradores tem que fazer uso da unidade de saúde do bairro vizinho e reclamam.

Para a realização de consultas e exames os moradores têm de se dirigir até o bairro mais próximo, que é José de Anchieta I, onde fica a Unidade Básica de Saúde da comunidade. Para os mais jovens não existe problema, mas para os cidadãos mais idosos a dificuldade é grande.

Margarida Francisca Teixeira, de 61 anos, moradora da região explica que é tudo muito cansativo. “Tenho que subir uma ladeira enorme para chegar até lá. Minhas pernas já não aguentam por conta das varizes. É muito cansativo”.

A presidente da Associação de Moradores de José de Anchieta II, Maria do Carmo, mais conhecida como Lilico, explicou que a placa já tinha sido colocada no local, mas a obra não “andou”. “Na época informaram o valor da obra e encheram a população de esperança, mas nada foi feito”, afirma a presidente.

Lilico disse ainda que a obra era para ser executada ao lado da construção do Cmei da comunidade. “Mas a prefeitura alegou que por falta de verba não foi construído”.

Na placa instalada no local, o prazo da construção era de 240 dias e o valor da obra era de R$ 1.623,233,95.

E os problemas não acabam por aí, de acordo com a líder comunitária Lilico, a Unidade de Saúde de José de Anchieta I está com superlotação de pacientes já que todo o bairro vizinho se consulta lá. “O posto de Saúde de José de Anchieta I está com muitas pessoas e pouco atendimento, os funcionários acabam não dando conta”, reclama.

Prioridade

O secretário de Saúde da Serra, Luiz Carlos Reblin disse que a obra está em fase de captação de recursos e é uma prioridade para o município. “O projeto da Unidade de Saúde de José de Anchieta II passou por uma reorganização e o valor dele foi reajustado para a ordem de R$ 2 milhões. Estamos buscando recursos para começarmos a obra, já enviamos proposta ao Estado e estamos aguardando resposta. No entanto, não existe previsão para o início as obras”.