Os dias quentes de verão sinalizam a necessidade de redobrar os cuidados com a hidratação, e ingerir bastante líquido é fundamental para manter a saúde.
Em idosos, a atenção deve ser ainda mais intensificada nessa época do ano. Com o calor excessivo que predomina na maior parte do tempo, a necessidade de beber água é maior, mas a sensação de sede é menor entre idosos.
“Isso é um grande fator de risco de desidratação, uma vez que idosos não costumam sentir muita sede, mesmo no verão. É preciso ficar atento à regularidade da ingestão de água e orientar o idoso a se hidratar, mesmo quando não sentir vontade”, orientou o médico geriatra Gustavo Genelhu.
A hidratação na terceira idade torna-se ainda mais importante porque, após os 60 anos, a reserva hídrica do corpo cai drasticamente, para pouco mais de 50%.
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“O envelhecimento compromete a absorção de água por nosso organismo, o que facilita a desidratação. O uso de medicamentos diuréticos também leva o idoso a urinar mais e perder líquido, sendo ainda mais necessária a ingestão de água”, explicou o médico.
Segundo Genelhu, a desidratação é mais perigosa em pessoas idosas. “Os sintomas vão desde fraqueza, fadiga e boca seca, e em casos mais graves pode causar alteração dos níveis de consciência e até convulsões”, alertou o geriatra.
Orientações para prevenir a desidratação em idosos :
– Estimular o idoso a tomar água várias vezes durante o dia, mesmo quando não tiver com sede. O recomendado é de 1,5 a 2 litros por dia;
– Em caso de dificuldade para ingerir líquidos, use alternativas como canudos, copos com bicos ou até seringas;
– Evitar atividades físicas nos horários mais quentes do dia;
– Usar roupas leves para diminuir a perda de líquido corporal por meio do suor;
– Em caso de diarreia, vômitos, tonturas ou sonolência excessiva, o idoso deve ser levado ao médico.
Fonte: Gustavo Genelhu, médico geriatra.