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“Ser mulher é viver preocupada com padrão de beleza e assédio”

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A amigas Soraya e Paulyene dizem que as mulheres desejam mais autonomia e menos assédio. Foto: Divulgação

Flora Antônia 

O Dia Internacional da Mulher é comemorado em8 de março há mais de 40 anos, desde que a Organização das Nações Unidas declarou a data oficialmente. Porém, a luta das mulheres por seus direitos vem de muito antes. Há estudos que compravam que desde 1908 o dia da mulher é mencionado como um momento de reivindicações, na época, em prol do direito de voto e melhores condições de trabalho.

Cerca de 50.79% da população serrana é composta por mulheres, segundo o Censo de 2010. Entretanto, vários dados ainda relatam a diferença salarial entre mulheres e homens, as jornadas duplas de trabalho, violência contra a mulher e casos de assédios.

Mas o cenário está mudando. Assim como visto em redes sociais, no comércio, nas escolas, as mulheres têm buscado autonomia financeira,a mobilidade segura, o rompimento dos padrões de gênero e aceitação do seu eu. Mas afinal, o que é ser mulher nos dias de hoje? Tempo Novo ouviu moradoras da Serra e de outras cidades está preparando uma série de reportagens sobre como elas estão pensando sobre sua própria condição. E nesta primeira reportagem, traz depoimentos e história de jovens entre 18 e 30 anos. 

“Ser mulher para mim é viver preocupada. Se preocupar com os padrões impostos pela sociedade e sempre acabar com a autoestima baixa. É se preocupar em sair sozinha na rua e ser assediada. Sofrer pressão por estar solteira e sem filhos com uma idade avançada” conta a universitária e moradora de Nova Almeida, Caroline Rocha, 23 anos. 

Ela acrescenta que ser mulher é também ser forte para agüentar tudo isso. “É ter compaixão por outra mulher e não julgá-la diante de diversas situações. É buscar a felicidade e não se calar diante de opressões por apenas ser mulher. No momento, meu único sonho é ter o Brasil mais justo e igualitário, com melhores perspectivas para o futuro. Mas no momento ando bem desanimada’’, desabafa.

Desejo de igualdade nas oportunidades e salários dos homens

Para a universitária e moradora de Jardim Camburi,Beatriz Baltazar Wgiete, 18 anos, as mulheres precisam se unir para ter mais espaço no mercado de trabalho e salário igual ao dos homens.  “Eu espero que a cada dia mais as mulheres possam unir forças para quebrarem paradigmas e tabus impostos por uma sociedade machista”, pontua. 

Para ela, ser mulher é ser sensível e forte ao mesmo tempo. “É seguir os próprios instintos e não ter receio de demonstrar seus sentimentos e emoções, se impor em situações complicadas, ter opinião própria e valores, é encarar o mundo sem noção nenhuma do que lhe espera lá fora”, conclui.

De Jacaraípe, a tatuadora Marcele Fraga, 27 anos, também destaca a força da mulher. “Mesmo nas constantes lutas contra o preconceito e assédio em busca da sua independência, ser mulher é sinônimo de garra, sentimento e continuidade. É quem gera o futuro da humanidade dentro de si”, lembra.

Luta para alcançar a liberdade

‘’Para mim ser mulher é ser livre, sem obstáculos e nem barreiras. É estabelecer metas e ultrapassá-las. Mostrar todos os dias que nós podemos ser quem somos sem dar satisfação a ninguém, sem ser submetida a nada. Nós mulheres podemos desejar o infinito e podemos conquistá-los todos os dias, por que  nós podemos de tudo’’, frisa a universitária e moradora da Serra Sede, Cassiane Dos Santos, 19 anos.

Moradora de Nova Almeida, a artista de rua e artesã Jéssica Campos, 24 anos, diz que ser mulher é se limitar em algum momento da vida por algo pelo fato de ser mulher. “Élidar todo tempo com obrigações indiretas. É ter um contato com um homem, conhecido ou não, e quase sempre ter dúvidas se o que me foi passado foi algo seguro ou tinha segundas intenções. É ter uma imagem a zelar pelo fato de carregar essa identidade. Ser mulher é ter força para continuar naquilo que você gosta mesmo escutando sempre que aquilo não é coisa de mulher”, observa.

“Anseio por um mundo onde as mulheres possam usar um vestido e andar livremente pelas ruas”, sonha a arquiteta e urbanistaSoraya Martins, 24 anos, moradora de Uberlândia – MG.

Já a bióloga Paulyene Nogueira, 30 anos, moradora de Lavras – MG, destaca o desejo de ser mãe, construir uma família. “Mas antes disso pretendo ser ainda mais independente e conhecer a América Latina e o Brasil como um todo. Infelizmente ainda vivemos em uma sociedade que nos julga enquanto mulheres a todo momento, e escolher sua carreira é uma das opções de julgamento. Viajar sozinha ou apenas com amigas já é um outro desafio, pois estamos ainda em uma sociedade em que a violência contra a mulher é grande e todo cuidado é pouco para realizar atividades. Porém, não vejo nenhum motivo para desistir”, reforça.

A sina do ‘fiufiu’ e do ‘nossa, que delícia’

Paulyene revela que a luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres é uma de suas metas. “Cada vez mais me sinto fortalecida pelas mulheres que convivo, pois estamos caminhando juntas para esta sociedade que sonhamos‘’, conclui.

A moradora de Nova Almeida e universitária DhjuliaSouza , 18 anos, diz que é maravilhoso ser mulher no século XXI. Mesmo no início da minha vida, já sou dona de mim mesma, sou livre para tomar minhas próprias decisões sem ficar na sombra de nenhum homem, como ficavam as mulheres de antes. Às vezes ser mulher é meio difícil, principalmente quando escutamos um ‘nossa, que delícia’ de um nojento desconhecido, ou um ‘fiufiu’. “Mas graças a Deus, nasci na geração que não admite esse tipo de coisa”, destaca.

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