“Será que nasci para usar terno ou jaleco?”, pergunta Serginho, filho de Vidigal

Na esteira das discussões sobre sucessão na Serra, o filho mais novo do prefeito Sérgio Vidigal deixou uma bola quicando na quadra. Ao falar inocentemente sobre uma nova função do aparelho celular, Serginho Vidigal publicou uma foto de terno na tribuna da Câmara da Serra e lançou a pergunta: “Será que nasci para usar terno ou jaleco?”.

A nada inocente pergunta foi feita por meio de sua rede social na noite dessa quinta-feira (27). Por mais que seja uma tese meio escanteada na Serra, o prefeito Sérgio Vidigal já disse e reafirmou que não será candidato à reeleição. Até então, não se falava o nome de Serginho como sucessor, até então (ênfase).

O filho do prefeito é médico oftalmologista e muito querido entre a militância vidigalista. Ele é tido como uma pessoa simpática, calma e gentil. Se dá bem com o público e é muito participativo no apoio às campanhas tanto do pai quanto da mãe, Sueli Vidigal.

Serginho é descrito com traços de personalidade muito similares ao pai, no que tange ao trato com a população. Será que a vida pública despertou no coração do herdeiro de Vidigal? Desde o racha entre o prefeito e o ex-prefeito Audifax Barcelos, Vidigal passou a ser mais arredio para utilizar seu nome em prol de terceiros. Estaria a família Vidigal articulando uma candidatura “versão 2.0”?

É claro que não deixa de ser curiosa a pergunta com duplo sentido feita por Serginho… no fim, pode ser só brincadeira. Mas cá entre nós, é brincar com coisa séria. E o médico sabe disso. A coluna conversou rapidamente com integrantes da base de Vidigal. E todos expressaram certa surpresa com a pergunta capciosa de Serginho. Mas, pedindo anonimato, revelaram que “seria bom demais”. É o que foi dito anteriormente, Serginho é muito querido no grupo do prefeito. Que afinal de conta, é o seu próprio grupo.

Atualmente, Serginho é filiado ao PDT, assim como todo ‘Vidigal raiz’. Mas, caso um projeto de sucessão familiar ocorra, há um empecilho significativo: para [hipoteticamente] Serginho ser candidato, o prefeito teria que renunciar ao cargo seis meses antes; e quem assumiria seria o vice-prefeito de oposição. E aí?! Embora seja efetivamente uma barreira, estamos na Serra e não temos a opção de duvidar de alguma coisa…  

Na prática Serginho seria ‘o novo’ com a garantia da continuidade do PDT e do modelo de desenvolvimentismo instalado na Serra desde a subida do pai ao poder na década de 90. Um verdadeiro trunfo… resta saber se Serginho topa largar uma vida de sucesso na profissão médica para se embrenhar na nada simples política serrana. Esse sempre foi o empecilho, pois sabe-se que estímulo para que Serginho pulasse para a política, nunca faltou.