O filho mais novo do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT), Antônio Sérgio Alves Vidigal Júnior, popularmente conhecido como Serginho Vidigal, está sendo fortemente cotado nos bastidores políticos da Serra como possível candidato a deputado federal.
Não é de hoje que Serginho é apontado como um nome a ser inserido na política eleitoral. A diferença, desta vez, é que há um processo concreto de transição geracional, que, de certa forma, o beneficia. Esse movimento é fortemente influenciado por Vidigal, mesmo que ele não ocupe atualmente um cargo eletivo.
A base para essa possível candidatura parte de duas condicionantes principais:
A eleição de Weverson Meireles (PDT) para a Prefeitura da Serra, um movimento liderado por Vidigal e apoiado diretamente por Serginho. Vidigal abdicou da reeleição e apostou em Weverson, dando a ele todas as condições para alcançar a vitória.
A força política da família Vidigal, que continua sendo um dos principais grupos políticos do estado, aparecendo entre os nomes cotados para a sucessão do governador Renato Casagrande (PDT).
Com esses dois fatores somados e em um contexto de transição, Serginho é fortemente apontado para “finalmente” se render à política. E essa vocação pode estar em seu DNA, já que, muito antes do próprio pai, seus ancestrais desempenharam papéis políticos relevantes no estado, especialmente em Nova Almeida, quando a região ainda era um município independente da Serra.
Nos bastidores, uma das maiores entusiastas de sua entrada na disputa é sua mãe, Sueli Vidigal, ex-deputada federal. Ela já viu antigos aliados da família Vidigal receberem apoio político, mas, na perspectiva familiar, não retribuírem na mesma intensidade. Exemplos disso são Audifax Barcelos (PP) e Tiago Carreiro (União Brasil), que romperam com o grupo e seguiram caminhos próprios.
Independentemente do mérito dessas questões, Serginho é visto como o herdeiro natural de Sérgio e Sueli Vidigal, sendo a peça-chave para garantir que o nome Vidigal continue protagonizando a vida pública da Serra, uma das maiores cidades do país.
A trajetória de Sérgio Vidigal já está consolidada na história política do município, sendo reconhecido até por adversários como uma figura fundamental na construção da Serra moderna. Agora, ao que tudo indica, essa história pode ganhar um novo capítulo com Serginho Vidigal.
O cenário político e os desafios de 2026
O contexto político é favorável. A aliança com Casagrande pode pavimentar o caminho para viabilizar Serginho na disputa federal. Entre os desafios, no entanto, está a montagem da chapa. Vidigal precisará do apoio do governador para formar uma composição eleitoral que dê a Serginho condições reais de eleição.
Voto, a família já tem, ainda mais com Weverson na prefeitura. E Weverson, aliás, é um dos maiores entusiastas públicos da candidatura de Serginho. Sua comunicação pessoal já tem dado visibilidade ao filho de Vidigal, demonstrando mais do que uma amizade, mas sobretudo uma aliança política estratégica.
O cenário eleitoral da Serra já tem muitos nomes na disputa, mas paradoxalmente há um vácuo para deputado federal. No nível estadual, há uma constelação de aliados. Hoje, Weverson-Vidigal conta com quatro deputados estaduais em maior ou menor grau de proximidade: Alexandre Xambinho (Podemos); Fábio Duarte (Rede); Vandinho Leite (PSDB) Bruno Lamas (PSB) (licenciado). Além disso, há novos aspirantes, como o presidente da Câmara da Serra, Saulinho da Academia (PDT), e outros nomes da base aliada que sonham com uma vaga na Assembleia Legislativa.
Do outro lado, a oposição também se movimenta. Um dos nomes que despontam é o Pastor Dinho, que tem grande apelo midiático. Ainda há dúvidas sobre os planos de Pablo Muribeca (Republicanos). Há especulações de que ele possa disputar uma vaga na Câmara Federal, motivado pelo bom desempenho na eleição para prefeito em 2024. Esse é um fator que deve ser analisado mais à frente, mas que pode interferir diretamente no projeto “Serginho 2026”.
Serginho Vidigal já está em movimento
Serginho, que antes era pouco visto em eventos públicos, agora é presença constante. Ele, inclusive, discursou em nome da família Vidigal no trio elétrico durante a comemoração da vitória de Weverson na eleição para prefeito, o que já deu o tom de sua entrada no jogo político.
Sérgio Vidigal costuma dizer que só compensa entrar na política quem tem estabilidade financeira fora dela. E Serginho se encaixa nesse perfil. Médico oftalmologista, ele não depende financeiramente de um eventual salário de deputado ou do próprio exercício da política.
Se Casagrande auxiliar o PDT na montagem da chapa, Serginho entra na disputa com força. Filiado há anos ao partido, ele é muito querido entre a militância vidigalista. Além disso, é simpático, médico, surfista e fisicamente muito parecido com Vidigal, o que reforça sua identificação com a base eleitoral do pai. Seus gestos, sua postura e sua crescente exposição pública indicam que ele deseja mais do que apenas ser médico. As condições nunca estiveram tão favoráveis. Essa pode ser a eleição do “vai agora ou nunca mais” para Serginho Vidigal.
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